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Esquecida, Portuguesa derrota líder
No Canindé, time bate Grêmio por 2 a 0, sai da zona de rebaixamento e apimenta disputa pela liderança do Nacional
Estádio recebe pouco mais
de 7.000 pagantes e vê torcida da equipe gaúcha ganhar espaço maior que o
previsto nas arquibancadas
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
Numa partida sem a mesma
badalação dos clássicos nacionais de ontem, apesar de ser vital para as disputas pela liderança e contra o rebaixamento
no Brasileiro, a Portuguesa bateu o Grêmio por 2 a 0.
A vitória ajudou Palmeiras,
São Paulo e Cruzeiro. E fez o time do Canindé respirar mais
aliviado, agora fora da zona de
rebaixamento, ocupando a 16ª
posição na tabela.
O jogo foi morno na maior
parte do tempo, mas ganhou
dramaticidade no final, com
Edno marcando o segundo gol
aos 46min da etapa final, justamente quando a Portuguesa
mais era ameaçada.
Apesar de atuar em casa, a
Lusa teve de superar a torcida
rival, que fez mais barulho o jogo inteiro. Os gaúchos fizeram
com que a PM dobrasse o espaço reservado inicialmente a
eles no Canindé.
A expectativa de ajuda de torcedores do Palmeiras ou do São
Paulo não se confirmou, e o time da casa passou por situações constrangedoras, como
ouvir uma mensagem de boa-tarde nos alto-falantes em nome de seu presidente, Manuel
da Lupa, ser abafada por vaias
da torcida do Grêmio.
Nem o gol de Ediglê, que
abriu o placar no segundo tempo, calou os gaúchos, que antes
do jogo comemoraram o empate entre Palmeiras e São Paulo
no Parque Antarctica. O 2 a 2
minimizou o efeito da derrota
no Canindé. Uma vitória palmeirense teria tirado a liderança do Grêmio.
O clássico paulistano, aliás,
foi o centro das atenções antes
de o jogo no Canindé começar,
já com o duelo entre Palmeiras
e São Paulo encerrado.
O Grêmio só deixou seu hotel
no intervalo da partida dos rivais. Nos bares ao lado do estádio e dentro do Canindé, a torcida se aglomerava para assistir
ao clássico.
"Está um jogo pegado, parece
um Gre-Nal", dizia Paulo Odone, presidente do Grêmio ao
chegar no Canindé, depois de
assistir ao primeiro tempo do
clássico paulista pela TV.
Do lado de fora do Canindé, a
PM não tinha trabalho, apesar
da invasão gaúcha. Preocupava-se apenas em procurar suspeitos de assaltarem uma padaria vizinha ao estádio.
A luta de um dos piores colocados do Nacional contra o primeiro só empolgou mesmo os
7.320 torcedores pagantes após
a metade da etapa final, quando
a Lusa já vencia por 1 a 0. E defendia-se com chutões para o
alto e carrinhos. Tática que
rendeu o contra-ataque em que
Edno selou o placar.
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