São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2008

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Esquecida, Portuguesa derrota líder

No Canindé, time bate Grêmio por 2 a 0, sai da zona de rebaixamento e apimenta disputa pela liderança do Nacional

Estádio recebe pouco mais de 7.000 pagantes e vê torcida da equipe gaúcha ganhar espaço maior que o previsto nas arquibancadas

RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC

Numa partida sem a mesma badalação dos clássicos nacionais de ontem, apesar de ser vital para as disputas pela liderança e contra o rebaixamento no Brasileiro, a Portuguesa bateu o Grêmio por 2 a 0.
A vitória ajudou Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro. E fez o time do Canindé respirar mais aliviado, agora fora da zona de rebaixamento, ocupando a 16ª posição na tabela.
O jogo foi morno na maior parte do tempo, mas ganhou dramaticidade no final, com Edno marcando o segundo gol aos 46min da etapa final, justamente quando a Portuguesa mais era ameaçada.
Apesar de atuar em casa, a Lusa teve de superar a torcida rival, que fez mais barulho o jogo inteiro. Os gaúchos fizeram com que a PM dobrasse o espaço reservado inicialmente a eles no Canindé.
A expectativa de ajuda de torcedores do Palmeiras ou do São Paulo não se confirmou, e o time da casa passou por situações constrangedoras, como ouvir uma mensagem de boa-tarde nos alto-falantes em nome de seu presidente, Manuel da Lupa, ser abafada por vaias da torcida do Grêmio.
Nem o gol de Ediglê, que abriu o placar no segundo tempo, calou os gaúchos, que antes do jogo comemoraram o empate entre Palmeiras e São Paulo no Parque Antarctica. O 2 a 2 minimizou o efeito da derrota no Canindé. Uma vitória palmeirense teria tirado a liderança do Grêmio.
O clássico paulistano, aliás, foi o centro das atenções antes de o jogo no Canindé começar, já com o duelo entre Palmeiras e São Paulo encerrado.
O Grêmio só deixou seu hotel no intervalo da partida dos rivais. Nos bares ao lado do estádio e dentro do Canindé, a torcida se aglomerava para assistir ao clássico.
"Está um jogo pegado, parece um Gre-Nal", dizia Paulo Odone, presidente do Grêmio ao chegar no Canindé, depois de assistir ao primeiro tempo do clássico paulista pela TV.
Do lado de fora do Canindé, a PM não tinha trabalho, apesar da invasão gaúcha. Preocupava-se apenas em procurar suspeitos de assaltarem uma padaria vizinha ao estádio.
A luta de um dos piores colocados do Nacional contra o primeiro só empolgou mesmo os 7.320 torcedores pagantes após a metade da etapa final, quando a Lusa já vencia por 1 a 0. E defendia-se com chutões para o alto e carrinhos. Tática que rendeu o contra-ataque em que Edno selou o placar.


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