São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 2006

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entrevista

Técnico chora e pede proposta para continuar

DA REPORTAGEM LOCAL

Chamado de burro por uma pequena parte da torcida por causa das substituições que fez ontem, Muricy Ramalho chorou ao falar do título que considera o mais importante da sua vida. (TA)

 

FOLHA - Antes do final do jogo no Sul, você não comemorou o título. Por que?
MURICY RAMALHO
- Futebol é coisa séria. Isso aqui é para gente grande. Não é fácil.

FOLHA - E depois, quando o título, de fato, foi conquistado?
MURICY
- Futebol é muito estresse. Você está à frente de um clube que tem milhões de pessoas. Mas estou realizado. Sou campeão. Trouxe minha família para ver o jogo.

FOLHA - Qual foi o momento mais complicado para você?
MURICY
- A perda da Recopa. Falaram muita coisa. Até do Brasileiro. E o time estava bem. Ali assumimos um compromisso de ganhar.

FOLHA - Você foi pressionado em algum momento?
MURICY
- No futebol, o técnico sempre perde. Nos momentos ruins, eu fiquei meio sozinho. Perdemos campeonatos. E você tem que ter alguém para te ajudar. Aí você tem que ter uma pessoa. Minha mulher foi muito importante... [o técnico chora e interrompe a entrevista].

FOLHA - Você já projeta seu ano em 2007?
MURICY
- Tem muita gente que está por trás de mim. Não tenho pressa nenhuma de renovar. Quero ficar no São Paulo, mas tem de ter uma valorização do trabalho. E tenho certeza de que eles vão valorizar. Quem não quer trabalhar aqui no São Paulo? Esse ano acertei em dez minutos. Sou o técnico dos grandes que ganha menos por aí. O que quero é uma proposta de trabalho.

FOLHA - O elenco do São Paulo é especial?
MURICY
- Muito. E sei que vamos perder muito com a saída do Fabão. Ele vai fazer muita falta.


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