|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Teixeira é cortejado em lobby por 2014
Políticos cercam presidente da CBF de atenção na luta por sedes no Mundial
Sucessão presidencial para 2010 também é tema de conversas, que reúnem até políticos antes desafetos de cartola, como Serra e Dirceu
LUCAS FERRAZ
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Chamado em Brasília de o
"jogo do lobby", a partida entre
Brasil e Portugal reuniu no reformado estádio Bezerrão autoridades dos Três Poderes
diante do talvez mais poderoso
nome da noite: Ricardo Teixeira, presidente da CBF e dono da
organização da Copa-2014.
Em torno dele se juntaram
ontem políticos e autoridades
que até pouco tempo atrás não
o tratavam com tanta simpatia,
como o governador de São Paulo, José Serra, o ex-ministro José Dirceu e Pelé.
O lobby dos políticos tinha
um motivo: a partida de ontem
foi o último compromisso da
seleção no país antes da escolha
das 10 ou 12 cidades-sede da
Copa, prevista para março. Teixeira tem insistido que a Fifa é
quem decide as cidades. Mas
afirmou que o Distrito Federal
fez a sua parte ontem.
"Esta iniciativa [a organização do jogo] fortaleceu a candidatura de Brasília como uma
das sedes da Copa muito mais
do que vocês imaginam", declarou o presidente da CBF.
Parte da partida ele esteve
acompanhado pelo presidente
do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, pelo
procurador-geral da República,
Antônio Fernando de Souza,
pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos
Ayres Britto, além de governadores, deputados federais e senadores. Não havia ministros
ou o presidente Lula.
Convidado, o presidente da
Câmara, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), não foi. "Não vou porque vai ser um evento mais político do que futebolístico." Garibaldi Alves (PMDB-RN), presidente do Senado, também
não apareceu.
Além da Copa, o jogo serviu
como pano de fundo também
para outro evento importante,
a sucessão de 2010. Dirceu, que
parabenizou Gilberto Kassab
pela vitória em São Paulo sobre
a petista Marta Suplicy, conversou em uma rodinha na
companhia do presidente do
DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), e do ex-governador Orestes Quércia (PMDB).
O assunto não fugia de 2010.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda
(DEM),também tratou da sucessão presidencial. Sobre uma
eventual chapa encabeçada por
Serra, o governador do DF
brincou: "Dois carecas juntos
não dão certo". "Ele pode tudo", retribuiu José Serra.
Na área VIP, servida com bebida (a cerveja era sem álcool) e
comida, além de políticos, circulavam também esportistas
como Romário e o piloto Felipe
Massa, que desfilou no carrinho-maca, durante o intervalo.
Pelé também foi homenageado
e deu o pontapé inicial.
Texto Anterior: Técnico acha que críticas continuarão Próximo Texto: Frase Índice
|