São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Teixeira é cortejado em lobby por 2014

Políticos cercam presidente da CBF de atenção na luta por sedes no Mundial

Sucessão presidencial para 2010 também é tema de conversas, que reúnem até políticos antes desafetos de cartola, como Serra e Dirceu


LUCAS FERRAZ
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Chamado em Brasília de o "jogo do lobby", a partida entre Brasil e Portugal reuniu no reformado estádio Bezerrão autoridades dos Três Poderes diante do talvez mais poderoso nome da noite: Ricardo Teixeira, presidente da CBF e dono da organização da Copa-2014.
Em torno dele se juntaram ontem políticos e autoridades que até pouco tempo atrás não o tratavam com tanta simpatia, como o governador de São Paulo, José Serra, o ex-ministro José Dirceu e Pelé.
O lobby dos políticos tinha um motivo: a partida de ontem foi o último compromisso da seleção no país antes da escolha das 10 ou 12 cidades-sede da Copa, prevista para março. Teixeira tem insistido que a Fifa é quem decide as cidades. Mas afirmou que o Distrito Federal fez a sua parte ontem.
"Esta iniciativa [a organização do jogo] fortaleceu a candidatura de Brasília como uma das sedes da Copa muito mais do que vocês imaginam", declarou o presidente da CBF.
Parte da partida ele esteve acompanhado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, além de governadores, deputados federais e senadores. Não havia ministros ou o presidente Lula.
Convidado, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não foi. "Não vou porque vai ser um evento mais político do que futebolístico." Garibaldi Alves (PMDB-RN), presidente do Senado, também não apareceu.
Além da Copa, o jogo serviu como pano de fundo também para outro evento importante, a sucessão de 2010. Dirceu, que parabenizou Gilberto Kassab pela vitória em São Paulo sobre a petista Marta Suplicy, conversou em uma rodinha na companhia do presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), e do ex-governador Orestes Quércia (PMDB). O assunto não fugia de 2010.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM),também tratou da sucessão presidencial. Sobre uma eventual chapa encabeçada por Serra, o governador do DF brincou: "Dois carecas juntos não dão certo". "Ele pode tudo", retribuiu José Serra.
Na área VIP, servida com bebida (a cerveja era sem álcool) e comida, além de políticos, circulavam também esportistas como Romário e o piloto Felipe Massa, que desfilou no carrinho-maca, durante o intervalo. Pelé também foi homenageado e deu o pontapé inicial.


Texto Anterior: Técnico acha que críticas continuarão
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.