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Urna pode tirar Luxemburgo em 2009
Palmeiras vive indefinição sobre futuro presidente e nem todos os possíveis candidatos dão aval a trabalho do técnico
Affonso Della Monica ainda tenta esticar mandato por um ano, mas, caso proposta não vingue, situação pode ficar sem nome de consenso
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Levar o time para a Libertadores e se livrar da perseguição
de parte da torcida não são os
únicos desafios de Vanderlei
Luxemburgo no Palmeiras. As
urnas também poderão decidir
sua permanência no clube.
O grupo que comanda o Palmeiras, responsável por trazer
o técnico de volta, tentará, em
13 de dezembro, alterar o estatuto para que o atual presidente, Affonso della Monica, fique
mais um ano no cargo.
Caso tal empreitada não dê
certo, novas eleições serão realizada em janeiro. Nesse caso, é
grande a chance de a situação
não chegar a um nome de consenso para concorrer à vaga, e a
oposição, ligada ao ex-presidente Mustafá Contursi (que
comandou o clube durante 12
anos), ganharia força no pleito.
Roberto Frizzo, provável
candidato oposicionista, diz
que só estando por dentro da
administração para avaliar se
será possível manter a comissão técnica de Luxemburgo.
"Temos um departamento de
futebol caro. O clube fica às vezes em sufoco financeiro e não
sei se conciliaremos isso."
O dirigente cita, também, a
questão política para pôr em
dúvida a permanência de Luxemburgo. "Não sei se ele gostaria de trabalhar com um grupo que não seja o do Cipullo
[Gilberto Cipullo, homem forte
do futebol no clube]."
Cipullo, ligado ao treinador,
tem apagado a fumaça dos conselheiros até da situação, que
passaram a contestar o trabalho de Luxemburgo após as
derrotas que afastaram o time
da briga pelo título brasileiro.
O vice também é citado nos
bastidores do Palmeiras como
possível candidato às eleições
de janeiro, se a mudança do estatuto não for confirmada.
Pelo que rege o estatuto em
vigor, o mandato do presidente,
de dois anos, dá direito a uma
reeleição -que é o caso de Della Monica, eleito em 2005.
A proposta de alteração estatutária foi rejeitada no mês passado, em votação no Conselho
Deliberativo. A situação conseguiu 133 votos favoráveis, mas
precisava de 145 (metade mais
um do total do conselho).
A meta, agora, é aprová-la perante os sócios. A oposição fala
em tentar na Justiça a anulação
do pleito, uma vez que não faria
sentido levar aos associados
matéria rejeitada no conselho.
"Vamos esperar a assembléia. Depois veremos o que
acontece", diz o diretor de planejamento, Luiz Gonzaga Belluzzo, apontado para concorrer à presidência -ele descarta.
"Não tenho tempo nem vontade. O tempo que posso dedicar
ao clube já dedico como diretor
de planejamento."
Os diretores financeiro, Salvador Hugo Palaia, e administrativo, José Cyrillo Jr., também surgem na lista. O vice
Paulo Nobre corre por fora.
Luxemburgo, cujo vínculo no
clube vai até o final de 2009, já
declarou não ter contrato firmado com oposição ou situação, mas com o clube.
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