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NATAÇÃO
Com programa de incentivo e premiação, atletas de ponta podem receber até R$ 75 mil ao ano, sem patrocínio
Copa do Mundo abre caça a prêmios
FERNANDO ITOKAZU
da Reportagem Local
A primeira etapa da Copa do
Mundo de natação, que começa
hoje na piscina do Vasco, no Rio de
Janeiro, abre a temporada "profissional" para os brasileiros.
A partir de hoje até dezembro de
99, os nadadores terão incentivos
para melhorar suas marcas.
Um atleta como Fernando Scherer, eleito o melhor do ano pelos
leitores da revista norte-americana
"Swimming World", pode arrecadar cerca de R$ 75 mil.
A conta de Scherer pode começar
a engordar na Copa do Mundo. Se
terminar em primeiro lugar na categoria velocidade em estilo livre, o
nadador, líder do ranking de 98
nos 50 m e 100 m livre, receberá
US$ 10 mil (veja quadro abaixo) da
Federação Internacional.
Outra fonte de renda para o nadador catarinense é o programa de
incentivo lançado ontem pela
CBDA (Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos).
Um recorde mundial vale R$ 50
mil. Scherer, dono da quarta melhor marca da história dos 100 m livre (48s69), disse que quer superar
o recorde do russo Alexander Popov (48s21) nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em julho.
Caso conquiste a marca e consiga
o ouro na prova dos 50 m livre, na
qual é o atual campeão pan-americano, Scherer embolsa mais R$
6.000, R$ 3.000 para cada ouro.
O programa promete pagar R$
2.500 por recorde sul-americano.
O velocista anunciou que vai tentar duas marcas sul-americanas,
nos 50 m e 100 m livre, no Troféu
José Finkel, o Campeonato Brasileiro em piscina curta (25 metros),
em dezembro, no Rio.
O melhor tempo nos 50 m livre
no continente é do venezuelano
Francisco Sánchez, com 21s80.
Scherer faz nove centésimos a
mais. Nos 100 m livre, o recorde
pertence ao brasileiro, com 47s63.
Se quebrar esses recordes, Scherer recebe R$ 5.000 e é candidato
ao melhor índice técnico da competição e aos R$ 1.000 de prêmio.
O nadador também recebe em
desafios de velocidade realizados
no Brasil. Em 98, foram duas participações e ganhou R$ 1.025.
Scherer nada em dezembro em
Recife o último desafio de 98. O ex-nadador Djan Madruga, organizador dos torneios, disse que três etapas estão garantidas para 99.
Somando os US$ 10 mil na Copa
do Mundo, os R$ 50 mil pelo recorde mundial, os R$ 6.000 pelas medalhas no Pan, os R$ 5.000 pelos
recordes sul-americanos, os R$
1.000 pelo índice técnico no Finkel
e os R$ 1.025 referentes aos desafios, Scherer pode embolsar aproximadamente R$ 75 mil em 99, fora os patrocínios.
O total é mais de 300 vezes maior
do que o valor que o atleta disse,
em agosto, gastar para treinar em
Miami (EUA), US$ 200 por mês.
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