São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 2007

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Ex-nadadora encara faxina pelo hóquei

DA REPORTAGEM LOCAL

Thalita Cabral, 16, chegou em casa com uma proposta inusitada. Participaria de um teste para a seleção de hóquei sobre grama. Se fosse aprovada, rumaria para Florianópolis.
Sob mais do que olhares contrariados da mãe, seu pai aceitou o desafio. Acreditava que a filha, nadadora talentosa, não levaria a aventura adiante.
Quando voltou para São Paulo após a peneira, Thalita carregava na bagagem a proposta para integrar a seleção. E a vontade de desbravar o novo esporte.
"Na primeira vez que vi o esporte, odiei [foi levada por uma amiga a um clube em São Paulo]. O técnico me chamou para treinar, eu era muito descoordenada, mas, no segundo dia, já joguei. Quando surgiu o teste, decidi arriscar", diz ela, campeã paulista nos 100 m borboleta aos 12.
Aos 15, já jogadora, foi morar com outras companheiras de equipe em um apartamento na capital catarinense. Deixou para trás a saudade e a mãe contrariada. E teve de encarar a vida de dona-de-casa.
"A gente lava roupa, passa, limpa o banheiro... No começo, eu não sabia me virar. Passava o dia perguntando coisas à minha mãe. Precisava de consultoria "full time'", brinca.
O trabalho na quadra, porém, foi mais tranqüilo do que os primeiros contatos com esporte. Na seleção garimpada pelo técnico Cláudio Rocha, quase todas eram iniciantes.
"No começo, era desesperador, parecia que não andava. Mas todas as meninas evoluíram rápido, e agora o grupo é bem mais equilibrado." (ML)


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