|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ex-nadadora encara faxina pelo hóquei
DA REPORTAGEM LOCAL
Thalita Cabral, 16, chegou em casa com uma proposta inusitada. Participaria de um teste para a seleção de hóquei sobre grama. Se fosse aprovada, rumaria para Florianópolis.
Sob mais do que olhares
contrariados da mãe, seu
pai aceitou o desafio. Acreditava que a filha, nadadora talentosa, não levaria a
aventura adiante.
Quando voltou para São
Paulo após a peneira, Thalita carregava na bagagem
a proposta para integrar a
seleção. E a vontade de
desbravar o novo esporte.
"Na primeira vez que vi
o esporte, odiei [foi levada
por uma amiga a um clube
em São Paulo]. O técnico
me chamou para treinar,
eu era muito descoordenada, mas, no segundo dia,
já joguei. Quando surgiu o
teste, decidi arriscar", diz
ela, campeã paulista nos
100 m borboleta aos 12.
Aos 15, já jogadora, foi
morar com outras companheiras de equipe em um
apartamento na capital catarinense. Deixou para
trás a saudade e a mãe contrariada. E teve de encarar
a vida de dona-de-casa.
"A gente lava roupa, passa, limpa o banheiro... No
começo, eu não sabia me
virar. Passava o dia perguntando coisas à minha
mãe. Precisava de consultoria "full time'", brinca.
O trabalho na quadra,
porém, foi mais tranqüilo
do que os primeiros contatos com esporte. Na seleção garimpada pelo técnico Cláudio Rocha, quase
todas eram iniciantes.
"No começo, era desesperador, parecia que não
andava. Mas todas as meninas evoluíram rápido, e
agora o grupo é bem mais
equilibrado."
(ML)
Texto Anterior: Saiba mais: Esporte virou mania entre os argentinos Próximo Texto: Rali Dacar registra 50ª morte de sua história Índice
|