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Ex-técnico de Joanna processa atleta e mãe por difamação
Advogado da nadadora diz ter mais duas supostas vítimas de abuso sexual
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Eugênio Miranda, ex-técnico
de Joanna Maranhão, entrou
ontem na Justiça com processo
de difamação contra a atleta e a
mãe dela, Teresinha, que o denunciaram como responsável
pelo suposto abuso sexual sofrido pela nadadora na infância.
As duas, porém, mantiveram
a acusação e anunciaram, por
meio de seu advogado, Carlos
Gil, que mais duas supostas vítimas de Miranda as procuraram para testemunhar a favor
da esportista. Seus nomes não
foram divulgados.
O advogado do treinador,
João Olympio Mendonça, disse
que não comentaria sobre
"gente que não tem nome e não
aparece" e anunciou que ainda
neste mês seu cliente reivindicará, também na Justiça, indenização por perdas e danos. O
valor, afirmou, será decidido
pelo juiz porque "o prejuízo é
grande, incomensurável".
"Hoje, ele está conhecido no
Brasil e, por que não dizer, no
mundo todo, como pessoa que
pratica atos de libidinagem
com crianças e adolescentes."
"Isso, eu diria, é capaz, se já
não ocorreu, de liquidá-lo profissionalmente. A extensão do
dano é algo que nós não podemos ter idéia", completou.
Após a acusação, Miranda foi
afastado da escola onde dava
aulas de natação para crianças e
jovens, em Olinda. Casado e pai
de dois filhos, ele diz que é inocente e que acredita, segundo
seu advogado, que foi acusado
por espaço na mídia às vésperas
da Olimpíada de Pequim.
"A Joanna não tem ido bem
nos últimos tempos, não foi
bem no Pan, e isso seria uma
forma de chamar atenção para
si, desviando a mídia de uma
série de críticas que vinha fazendo à sua atuação esportiva",
declarou. A atleta, quinta nos
400 m medley na Olimpíada de
Atenas-2004, ainda não tem índice para nadar na China.
"Eugênio entende que foi
eleito o bode expiatório", disse
o advogado do treinador.
Já o advogado de Joanna e da
mãe dela disse que o processo
não as preocupa. "Em momento nenhum elas mentiram."
Segundo ele, as outras duas
supostas vítimas do professor
de natação se apresentaram à
família, e uma delas já formalizou a acusação em cartório.
A história surgiu no dia 7.
Sem citar nomes, a atleta contou que foi vítima de um técnico aos nove anos, no Clube
Náutico Capibaribe, em Recife
(PE). Sua mãe revelou o nome
do treinador. Ela confirmou.
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