São Paulo, terça-feira, 21 de março de 2000


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PAINEL FC


Palanque 1
O presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, fez discurso de candidato à sucessão na CBF ontem, na abertura de um seminário Plano de Modernização do Futebol Brasileiro. À caça de votos, Farah disse que o futebol precisa deixar de crescer apenas no eixo Rio-São Paulo.

Palanque 2
A campanha explícita de Farah irritou os aliados de Ricardo Teixeira, atual presidente da CBF. A resposta dos descontentes quem deu foi Eurico Mirando, vice-presidente do Vasco. Para ele, Farah está mal informado, pois o futebol do Norte e Nordeste vai muito bem.

Ilustres
O seminário, resultado da parceria firmada no final do ano passado entre a FGV-RJ e a CBF, contou ainda com a presença de empresários do setor esportivo e dos treinadores Carlos Alberto Parreira e Zagallo. A idéia é realizar outros sete ainda neste ano.


Chefão
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, empossado no final de 99, vem dirigindo o clube com "mão de ferro". Favorável à manutenção de Carlos Alberto Silva no comando técnico, Teixeira desagradou a dirigentes que queriam o treinador fora desde a semana passada.

Sistema
O diretor de futebol do Santos, Nicolino Bozzella, acredita que a culpa pela pouca representatividade dos dirigentes no clube é do regime. "O Santos é presidencialista. Isso significa que quem dá a palavra final, quem manda, é o presidente."

Obrigado, professor
O deputado federal José Genoino (PT-SP) foi anteontem ao vestiário do Corinthians, no Morumbi, agradecer a Oswaldo de Oliveira pelo título de campeão do Mundial de Clubes da Fifa, conquistado em janeiro. "Foi uma das maiores alegrias da minha vida", disse.


Escaldado
Traumatizado pelos casos Sandro Hiroshi e Henrique, jogadores que fraudaram documentos para diminuir a idade, o São Paulo está evitando selecionar em suas peneiras garotos do Maranhão, do interior de Santa Catarina e do Sul de Minas. Se o atleta já chega com empresário, nem é recebido.

Frajola
No Corinthians, que já desconfiou do atacante Fábio Júnior, uma placa na entrada do Departamento de Futebol Amador deixa claro o medo do clube: "Empresário, por favor, não traga deu bicho de estimação." Ao lado do aviso, o desenho estilizado de um gatinho.

Marketing
A Rede Globo promete intensificar a publicidade em torno do Paulista-2000 no que diz respeito à venda dos ingressos de sua cota para os clássicos. O objetivo é evitar problemas com a distribuição, como os ocorridos anteontem, na partida entre Corinthians e Santos.

De fora
Por enquanto, a idéia de vender as entradas em bancas de jornal e pela Internet, testada com sucesso no ano passado no Estadual do Rio, não emplacou entre os paulistas. Anteontem, 1.500 torcedores não encontraram ingressos no Morumbi.

Oportunismo
O vereador paulistano Antônio Goulart (PMDB) já está tentando pegar uma carona na Ferrari de Rubens Barrichello. Ligado à torcida Gaviões da Fiel, o vereador colocou nas proximidades de Interlagos uma faixa com os dizeres: "Rubinho, Herói de Interlagos".

Na cola
Não é só o vereador que quer pegar uma carona no sucesso do piloto. Até o desgastado prefeito Celso Pitta (PTN) estuda passar por Interlagos no domingo, quando o GP Brasil deve alcançar 55 pontos de audiência. O problema para Pitta é que a transmissão é da Globo.

DIVIDIDA

De Eurico Miranda, vice do Vasco e do Clube dos 13, sobre a parceria da FGV-RJ com a CBF: -A FGV é uma boa instituição acadêmica, mas não entende de futebol. Ela não é do ramo. Não tem nada a nos ensinar sobre o assunto.

CONTRA-ATAQUE

Sermão
Nilton Santos, lateral da seleção nas Copas de 1954, 1958 e 1962, ficou famoso por seu elegante futebol e pela forma carinhosa com que tratava todos à sua volta, do roupeiro ao presidente do Botafogo-RJ, seu clube.
Foi do roupeiro Aluísio, do time carioca, aliás, que ele tomou uma de suas maiores broncas.
Para Aluísio, Nilton Santos era um exemplo de humildade, de atleta sem frescura. "Olha o Nilton Santos, joga com a meia rasgada e é um craque, não reclama", dizia o roupeiro aos novatos que reclamavam de seus serviços ou do uniforme.
Em uma partida, no entanto, Nilton passou de exemplo a alvo da ira do roupeiro. O cadarço da chuteira do craque arrebentou e ele solicitou outras ao roupeiro. Quando chegou à lateral do campo para receber o novo par, Nilton percebeu que o calçados eram tamanho 43. Ele calça 41.
Além disso, o par pertencia ao goleiro Amauri, que pisava torto, deformando as chuteiras. Diante disso, Nilton reclamou:
-Não vai dar Aluíso, eu calço 41 e não piso torto.
Aluísio respondeu, espantado:
-Ué, está ficando mascarado também?
Nilton rapidamente aceitou o par de chuteiras.

E-mail painelfc.folha@uol.com.br


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