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Paulista põe a capital em xeque
Se São Paulo e Palmeiras perderem hoje, pela 1ª vez Estadual não terá um time da cidade entre os top 4
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Paulista sempre teve entre os
seus quatro primeiros colocados
ao menos um representante da
capital do Estado. Essa história,
porém, poderá mudar hoje.
São Paulo e Palmeiras, os únicos
times paulistanos que alcançaram
as quartas-de-final do torneio
deste ano, enfrentam jogos de alto
risco contra São Caetano e Portuguesa Santista, respectivamente.
Se os dois não passarem pelo
"mata", jogo único em que não há
vantagem do empate, será consolidada uma tendência desanimadora para a maior cidade do país.
O futebol da capital atravessa
histórica crise. O Juventus foi rebaixado. Corinthians e Portuguesa lutaram até o fim contra o descenso. Só o São Paulo, dentre os
times da capital, avançou no Grupo 1 do Paulista, reconhecidamente o mais fraco do torneio.
O Palmeiras, que hoje atuará fora de casa por ter ficado atrás do
Santos e do Paulista de Jundiaí no
Grupo 2, ainda tenta readquirir
confiança após a sua peregrinação pela Série B do Brasileiro.
É quase unânime hoje que o
melhor time do Estado é o Santos,
atual vice-campeão da Libertadores e do Brasileiro. O São Caetano,
por sua vez, é uma das equipes
mais temidas do país, além de
atrair hoje profissionais de ponta
que fogem dos grandes centros.
Nas cercanias da capital, o futebol vive uma fase até emergente.
Além do Paulista de Jundiaí, a
surpresa positiva da competição,
o Santo André, por exemplo, fez
boa campanha -somou mais
pontos que nove dos dez times do
Grupo 1, mas não obteve vaga.
A Portuguesa Santista, mesmo
com problemas financeiros, pode
alcançar hoje pelo segundo ano
seguido as semifinais do Estadual.
Ontem, dois clubes de fora da
capital ganharam vaga nas semifinais. Na Vila Belmiro, o Santos
derrotou o União Barbarense por
1 a 0, e o Paulista venceu a Ponte
Preta, por 4 a 3, na prorrogação,
em Jundiaí. Hoje, a capital sabe se
deixa ou não o Paulista.
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