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Morumbi presencia duelo da tremedeira
EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
No duelo entre São Paulo e São
Caetano, hoje, às 16h, que definirá
um dos semifinalistas do Paulista,
não é só o clube do Morumbi, local da partida, que entra em campo com o rótulo de "pipoqueiro".
O rótulo desconfortável cabe
aos dois clubes, que têm fama de
fracassar em jogos decisivos. Um
deles ficará no meio do caminho
de novo. Quem vencer estará classificado. Um empate nos 90 minutos levará a partida para a prorrogação. Persistindo a igualdade,
a vaga será decidida nos pênaltis.
No retrospecto em partidas eliminatórias contra as principais
forças do futebol paulista, o time
do ABC não carrega boas lembranças. Na verdade, tem uma.
Quando despontou na elite, o
São Caetano eliminou o Palmeiras nas quartas-de-final da Copa
João Havelange, que substituiu o
Campeonato Brasileiro em 2000.
De lá para cá, foram mais quatro
decisões em mata-matas diante
de palmeirenses, corintianos e
santistas. E o clube do ABC foi eliminado em todos os duelos.
Hoje será o primeiro confronto,
em "mata", com os são-paulinos,
que trazem o ônus de jamais terem batido o rival no Morumbi.
Mesmo assim, o São Caetano
prefere entrar em campo como
franco atirador. "O São Paulo tem
uma grande equipe, um treinador
capacitado. Eles têm quase que a
obrigação de obter a vaga", afirmou o técnico Muricy Ramalho,
ex-jogador do clube do Morumbi
nos anos 70 e treinador em 1996.
Entre os são-paulinos, que ostentam uma campanha quase irretocável no Estadual, com oito
vitórias e um empate (aproveitamento de 92,5%, o melhor da era
profissional do torneio, a partir de
1933), a fama de levar a pior em
decisões tem incomodado o técnico Cuca e os atletas.
"Se vencermos, vão esquecer essa coisa de amarelar. Temos de
eliminar esses rótulos de bambi e
de pipoqueiro", diz o atacante
Grafite, que não teme o retrospecto favorável do rival diante de seu
time. Em seis jogos, o São Caetano
venceu três vezes, contra uma
derrota, além de dois empates.
Na análise de Cuca a fama do
clube de tremer em momentos
decisivos é amenizada pelo fato
de o São Paulo ter renovado seu
elenco para esta temporada.
"Hoje 50% do time é diferente, o
treinador é outro", disse Cuca.
O São Paulo não disputa um
mata-mata desde novembro do
ano passado, quando caiu diante
do River Plate nas semifinais da
Copa Sul-Americana.
Em meio ao clima de decisão no
Paulista, o atacante Diego Tardelli
acabou selando a sua sorte no
Morumbi. Ele desacatou a ordem
de Cuca de dormir sexta-feira no
CCT e, segundo treinador, não
trabalha mais com ele no clube.
O diretor Marco Aurélio Cunha
também ficou irritado com o
ocorrido. Durante a semana, o clube vai definir a situação de Tardelli. Em princípio, ele
deverá treinar em separado.
NA TV - Sportv, ao vivo,
a partir das 16h
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