São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

amargo

Decepcionante, São Paulo lidera na Libertadores

Jogo nas mãos e rival fraco não foram suficientes para time disparar, e vitória em Luque se vai aos 47min do 2º tempo

Sportivo Luqueño 1
São Paulo 1

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma liderança na Libertadores pode ser alcançada e mesmo assim ser decepcionante. Ontem, o São Paulo mostrou como isso pode acontecer, ao dar campo a um rival fraco.
Num dos jogos mais fáceis da temporada, o time de Muricy Ramalho demorou a fazer seu gol. Mesmo assim, saiu na frente em Luque, mas permitiu o empate ao Sportivo Luqueño, que jamais pareceu o dono da casa no Feliciano Cáceres.
O resultado deixou o São Paulo um ponto à frente do Nacional de Medellín, que tem quatro. Logo atrás, com três pontos, vêm Sportivo Luqueño e Audax Italiano. Faltam três rodadas à primeira fase, e o próximo jogo pelo Grupo 7 é em 2 de abril, contra o mesmo rival de ontem, no Morumbi.
Desde o início, o Sportivo Luqueño foi convidativo ao São Paulo. O time de Muricy Ramalho entrava na área adversária com facilidade. Mais pelo meio, Jorge Wagner viu mais facilidade para os chutes de meia distância e arriscou três vezes no primeiro tempo.
Enquanto o ala Éder foi apenas discreto, a presença de Éder Luis no meio deu ao São Paulo mais mobilidade pela direita, imprimindo velocidade por aquele lado do campo -uma saída que o time não tem apresentado na temporada.
Zé Luis jogou na zaga, ao lado de André Dias e Miranda. Mas não durou o trio que parece ser o ideal para Muricy enquanto Alex Silva não retorna.
Uma pancada na cabeça fez com que Miranda deixasse o gramado com dores. Juninho entrou sem seu lugar e, diante do risível ataque formado por Lazaga e o brasileiro Charles, não teve dificuldades.
O São Paulo criou várias oportunidades e poderia ter terminado o primeiro tempo à frente dos paraguaios. A melhor veio de um chute de Jorge Wagner que desviou na zaga e sobrou para Borges. García saiu do gol e abafou a jogada.
A reclamação tricolor em relação ao juiz foi um pênalti não marcado de Martínez em Borges, que invadiu a área pela esquerda e foi tocado com força.
No segundo tempo, o São Paulo manteve a pressão, embora em poucos minutos Muricy tenha preferido o jogo aéreo de Aloísio em vez de manter Borges em campo. Deu certo.
O time avançou pela esquerda, Adriano virou o jogo para a direita, e a bola sobrou para Éder Luis. O meia achou Aloísio na primeira trave, e ele cabeceou firme, no alto, sem chance para García, aos 15 min.
Um gol que demorou a sair e uma demora em definir a vitória permitiram que o Sportivo Luqueño, que pôs Hermosilla e Duarte nos lugares de Abente e Esquivel, tomasse coragem para enfrentar os brasileiros. Rogério começava a trabalhar, tendo feito sua melhor defesa em chute de Charles.
Nos acréscimos, o castigo. Duarte chutou forte à esquerda de Rogério, sepultando a chance de o São Paulo abrir três pontos sobre o Nacional e acalmar a torcida, chocada com os 4 a 1 dados pelo Palmeiras.
O jogo acabou com Muricy pedindo calma ao time, que enfrenta no domingo o Guarani.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Preocupação: Miranda faz exame depois de pancada na cabeça e lapso
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.