São Paulo, sábado, 21 de março de 2009 |
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Luta encerra trama de novela
Juan Carlos Gomez é 1º desertor cubano a disputar o título máximo do boxe, hoje, contra ucraniano
EDUARDO OHATA DA REPORTAGEM LOCAL Pela primeira vez um desertor cubano disputará o principal título do boxe internacional, o dos pesos pesados, quando Juan Carlos Gomez desafiar o campeão do Conselho Mundial de Boxe, o ucraniano ""Doutor Punho de Ferro" Vitali Klitschko, hoje, na Alemanha. A trajetória do ""Pantera Negra" Gomez até o confronto de hoje foi marcada por trama novelesca, cuja fuga da delegação cubana que visitava a Alemanha foi somente o seu início. Ao pedir asilo no país, Gomez foi logo contatado e contratado pela firma Universum Promotions, que tinha ele e o adversário de hoje, Vitali, sob contrato. Gomez passou ao profissionalismo entre os cruzadores, foi campeão nessa categoria, imediatamente inferior à dos pesados, e manteve relacionamento amoroso com a filha do técnico Fritz Sdunek, que desde aquela época dirige o córner do ucraniano e que até treinou o cubano por um período. Mas, quando a filha de Sdunek ficou grávida do cubano, Gomez se recusou a casar. Disse: ""Vim aqui para ser livre". Foi no fim da década de 90. ""Ele [Gomez] se engraçou com a filha do Fritz, e o clima não ficou bom. Estavam preparando alguma, não sei se [Gomez] está mais com a Universum", recorda Servílio de Oliveira, manager brasileiro que levou brasileiros à Europa para duelar com atletas da firma. Ao ser informado que o cubano abandonou a Universum e se transferiu para a empresa rival Arena Box-Promotion, Servílio não mostrou surpresa. ""Está vendo? Está vendo?" A epopeia ganhou um tom ainda mais novelesco quando a filha de Sdunek posteriormente se casou com Ahmet Öner, cabeça da Arena Box-Promotion, hoje ""patrão" de Gomez. Ao ser questionado pela Folha sobre sua vida familiar, sua mulher e filhos, Öner se recusou a dar informações. ""Deixe- -os fora disso", alertou, seco. Öner, por sua vez, é responsável por tramas paralelas, ligadas a cubanos, dignas de ser transformadas em romances. Foi a sua firma que organizou, ou ao menos patrocinou, a fuga de desertores no passado recente, como Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que tentaram fugir no Pan do Rio. Em declarações conflitantes, afirmaram que não queriam desertar. Depois, na Alemanha, eles informaram que foi o governo brasileiro que os forçou a voltar a Cuba. Posteriormente, eles alteraram, uma vez mais, suas polêmicas declarações. NA TV - V. Klitschko x J. C. Gomez ESPN Brasil, ao vivo, às 18h30 Texto Anterior: Doping: Fifa peita Wada ao condenar teste em folgas Próximo Texto: Conhecido: Cubano bateu quatro brasileiros Índice |
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