PAULO COBOS
da Reportagem Local

Com sua formação mais ofensiva da temporada, o São Paulo busca hoje, contra a Portuguesa Santista, no Morumbi, sua milésima vitória na história do Paulista.
Para atingir o feito, até hoje só obtido por Corinthians, Palmeiras e Santos, o time vai trocar um volante, o equatoriano Carabali, por um meia-atacante, Reinaldo, deixando a equipe com quatro jogadores de características ofensivas.
Além dos atacantes Dodô e França, o time terá também Marcelinho, autor de dois gols na vitória de 3 a 0 sobre o Corinthians, na semana passada.
"Eu e o Marcelinho teremos que ajudar na marcação, o que vai deixar o time protegido", diz Reinaldo, que foi multado em R$ 500 por chegar 20 minutos atrasado no treino de anteontem.
Mesmo com essa escalação, o técnico são-paulino, Paulo César Carpegiani, não garante muitos gols contra a Santista.
"Nossa formação será ofensiva, mas estou satisfeito com uma vitória por 1 a 0", afirma o treinador.
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Fraco ataque Com a entrada de Reinaldo, Carpegiani tenta dar mais força a seus atacantes, que pouco vêm produzindo na atual temporada.
Dos 25 gols do São Paulo até o momento na temporada, 11, ou 44% do total, foram feitos por defensores ou volantes.
O lateral-esquerdo Serginho é o artilheiro do time, com sete gols em jogos do Rio-São Paulo, da Copa do Brasil e do Paulista. O volante Edmílson, que hoje atua como zagueiro, marcou três vezes em 99.
Já os atacantes marcaram oito gols na temporada, o equivalente a 32% do total.
Outros seis gols foram feitos pelos meias da equipe.
"O esquema do Carpegiani dá liberdade aos jogadores da defesa. Nosso esquema é muito ousado", diz o lateral-direito Jorginho sobre a participação dos defensores nas jogadas ofensivas.
"É importante o time não depender só dos atacantes para marcar, pois eles podem estar em um dia infeliz", diz o zagueiro Nem, efetivado por Carpegiani como titular no início da temporada.
No Campeonato Paulista do ano passado, quando o São Paulo foi o campeão da competição, o peso de cada setor da equipe na artilharia era bem diferente.
Os jogadores defensivos do time fizeram apenas quatro dos 40 gols marcados pelos são-paulinos na competição, sendo que dois foram de autoria do goleiro Rogério em cobranças de falta.
Já o ataque, comandado por França, artilheiro do torneio com 12 gols, foi responsável por 40% dos gols da equipe.
"No ano passado, quando ficava mais perto do gol, tinha mais chances", lamenta França, que ainda não marcou nos dois jogos do São Paulo no Paulista.
O atacante, porém, tenta se adaptar ao novo esquema.
"O futebol evoluiu. O Carpegiani quer que os atacantes ajudem na marcação, o que eu faço", afirma.
Para o treinador, a mudança de hoje não vai tirar a liberdade dos zagueiros e dos volantes.
"Dou liberdade para os defensores atacarem, mesmo com quatro jogadores ofensivos. O time só precisa cuidar mais da cobertura desses atletas" diz Carpegiani.
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Novo zagueiro A diretoria do São Paulo está procurando um novo zagueiro para o lugar de Márcio Santos, que está afastado.
Lúcio, do Itaperuna (RJ), está sendo observado por olheiros do clube e pode ser contratado.



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