São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2000


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Até 'pubs' vão servir como hotéis

do enviado à Austrália

Quem for esportivamente incorreto e gostar de beber pode aproveitar a Olimpíada para juntar copo e cama no mesmo local: entre as alternativas de alojamento oferecidas por Sydney há até os tradicionais "pubs" britânicos, em sua versão australiana (afinal, trata-se de um país de colonização britânica).
Quatro mil quartos em "pubs" receberam selo de aprovação da Associação Australiana de Hotéis e do organismo de turismo de Nova Gales do Sul, o Estado em que fica Sydney.
O programa chama-se "Pubstay" ("estada em pub") e é apenas uma das incontáveis opções de alojamento não-convencional para a próxima Olimpíada.
Outra, bem mais elegante, são dez navios de cruzeiro que ficarão ancorados no porto da cidade, formando uma cadeia de hotéis flutuantes.
A Comissão Australiana de Turismo garante que não faltarão vagas para os 110 mil turistas esperados só para os jogos.
Sydney dispõe atualmente de 27.745 quartos em hotéis, mas, até setembro, outros 3.484 ficarão prontos, elevando a capacidade hoteleira para 31.229 dormitórios.
Em tese, dá e sobra. Mas, mesmo assim, dois outros programas foram criados na área de hospedagem. Um é o "Homestay", ou seja o aluguel de uma casa desocupada mas totalmente equipada. O outro chama-se "Homehost", acomodação na casa de uma família que, no entanto, permanecerá nela, junto com o turista.
Ambos os programas foram entregues a uma única imobiliária, a Ray White, que, em setembro passado, disponibilizava, na Internet, um total de 3.000 quartos em propriedades que vão de apartamentos no centro de Sydney a mansões nas proximidades do porto, passando por acomodações mais convencionais (endereço: www.raywhite.net).
Já os atletas ficarão numa cidade própria, a Vila Olímpica, em casas que serão vendidas, depois dos jogos, a uma média de 400 mil dólares australianos a unidade (US$ 250 mil).
São casas de quatro dormitórios mas que, para a Olimpíada, ganharam um cômodo adicional (quarto e banheiro), que será depois removido.
Cada casa alojará de 18 a 24 atletas, e quase todos os cerca de 10.200 inscritos ficarão na Vila Olímpica, com as exceções de praxe, como, por exemplo, a do time norte-americano de basquete, que prefere um hotel cinco estrelas.
A Vila Olímpica é auto-suficiente: terá cinema, restaurante, centro de recreação, igrejas das diferentes denominações e até um jornal diário, com notícias dos jogos e a programação de atrações da vila.
Os organizadores dizem que nenhum atleta precisará gastar mais que 45 minutos para deslocar-se da vila para os locais de treinamento ou competição.
Como tudo nos jogos, a vila é ecologicamente correta: tem iluminação solar e reciclagem da água. (CR)


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