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São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 2003

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Pontos corridos fazem times grandes dispararem no Brasileiro que tem a melhor média de gols

Nova fórmula restabelece domínio dos medalhões

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Se ainda não acontece fora do campo, pelo menos dentro dele o primeiro Nacional de pontos corridos está conseguindo restabelecer a ordem no futebol brasileiro.
Nos últimos anos, times tidos como de menor expressão, como São Caetano e Juventude, chegaram a liderar boa parte da fase de classificação e clubes considerados de porte médio, como o Atlético-PR, a conquistar o título, mas a história agora é diferente.
Após cinco rodadas apenas ""medalhões" disputam as primeiras colocações. Os tradicionais Cruzeiro e Atlético-MG, com 13 pontos, e o Internacional, campeão em 1975, 76 e 79, que tem 12, formam o pelotão de elite.
Dos times de menor expressão, o mais bem colocado é o Paraná, que aparece ao lado de Santos, São Paulo, Flamengo, Criciúma, Grêmio e Vitória, cinco pontos atrás dos líderes.
Antes mesmo do início do campeonato, Wanderley Luxemburgo e Nelsinho Baptista, técnicos do Cruzeiro e do Flamengo, respectivamente, já diziam que, numa competição de pontos corridos, em turno e returno, a tendência era os grandes dispararem.
""Num campeonato de tiro longo, leva muita vantagem quem tem estrutura e mais opções no banco", afirmara Luxemburgo. ""O futebol fica mais lógico, as surpresas diminuem e ganha o mais regular", comentara Nelsinho.
Nas últimas colocações, diferentemente do ano passado, quando caíram Palmeiras e Botafogo, não há times do eixo Rio-SP, nem de MG ou do RS. Lutam nas últimas posições Coritiba, Goiás, Figueirense e Atlético-PR -Coritiba e Figueirense jogam hoje.
Mas nem todos grandes vão bem. O Vasco, com quatro pontos, está a nove dos líderes, e Corinthians e Flu, com cinco, estão a oito. O consolo é que vascaínos e corintianos, com 12 gols cada um, estão entre os ataques mais positivos -quem mais balançou as redes até aqui foi o Cruzeiro (17).
E o número de gols marcados é outro marco do Nacional-2003. Até agora foram anotados 193 em 59 jogos, média de 3,27 gols por partida, por enquanto a maior da história do Brasileiro. O Nacional do ano passado foi o único que superou a média de três gols por jogo, com 3,02 por partida.
Fora de campo, no entanto, os problemas continuam. Dos 59 jogos já disputados pelo Brasileiro, 28 -ou 47,45% do total- não divulgaram a renda.
O problema fez o Instituto Nacional do Seguro Social, que recolhe 5% de cada ingresso vendido, solicitar providências do Ministério do Esporte e da Confederação Brasileira de Futebol. Até agora, no entanto, o pedido foi em vão.



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