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Pontos corridos fazem times grandes dispararem no Brasileiro que tem a melhor média de gols
Nova fórmula restabelece domínio dos medalhões
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se ainda não acontece fora do
campo, pelo menos dentro dele o
primeiro Nacional de pontos corridos está conseguindo restabelecer a ordem no futebol brasileiro.
Nos últimos anos, times tidos
como de menor expressão, como
São Caetano e Juventude, chegaram a liderar boa parte da fase de
classificação e clubes considerados de porte médio, como o Atlético-PR, a conquistar o título, mas
a história agora é diferente.
Após cinco rodadas apenas
""medalhões" disputam as primeiras colocações. Os tradicionais
Cruzeiro e Atlético-MG, com 13
pontos, e o Internacional, campeão em 1975, 76 e 79, que tem 12,
formam o pelotão de elite.
Dos times de menor expressão,
o mais bem colocado é o Paraná,
que aparece ao lado de Santos,
São Paulo, Flamengo, Criciúma,
Grêmio e Vitória, cinco pontos
atrás dos líderes.
Antes mesmo do início do campeonato, Wanderley Luxemburgo e Nelsinho Baptista, técnicos
do Cruzeiro e do Flamengo, respectivamente, já diziam que, numa competição de pontos corridos, em turno e returno, a tendência era os grandes dispararem.
""Num campeonato de tiro longo, leva muita vantagem quem
tem estrutura e mais opções no
banco", afirmara Luxemburgo.
""O futebol fica mais lógico, as surpresas diminuem e ganha o mais
regular", comentara Nelsinho.
Nas últimas colocações, diferentemente do ano passado,
quando caíram Palmeiras e Botafogo, não há times do eixo Rio-SP,
nem de MG ou do RS. Lutam nas
últimas posições Coritiba, Goiás,
Figueirense e Atlético-PR -Coritiba e Figueirense jogam hoje.
Mas nem todos grandes vão
bem. O Vasco, com quatro pontos, está a nove dos líderes, e Corinthians e Flu, com cinco, estão a
oito. O consolo é que vascaínos e
corintianos, com 12 gols cada um,
estão entre os ataques mais positivos -quem mais balançou as redes até aqui foi o Cruzeiro (17).
E o número de gols marcados é
outro marco do Nacional-2003.
Até agora foram anotados 193 em
59 jogos, média de 3,27 gols por
partida, por enquanto a maior da
história do Brasileiro. O Nacional
do ano passado foi o único que
superou a média de três gols por
jogo, com 3,02 por partida.
Fora de campo, no entanto, os
problemas continuam. Dos 59 jogos já disputados pelo Brasileiro,
28 -ou 47,45% do total- não
divulgaram a renda.
O problema fez o Instituto Nacional do Seguro Social, que recolhe 5% de cada ingresso vendido,
solicitar providências do Ministério do Esporte e da Confederação
Brasileira de Futebol. Até agora,
no entanto, o pedido foi em vão.
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