UOL


São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Palmeirenses já preparam novo protesto

DA REPORTAGEM LOCAL

As torcidas organizadas do Palmeiras prometem continuar com seus protestos na quarta-feira, quando a equipe volta a campo após um mês de inatividade.
""Vamos pegar no pé de alguns jogadores desde o anúncio da escalação do time até o final do jogo. E, claro, xingar o Mustafá", afirmou Paulo Serdan, dirigente da maior uniformizada do time, a Mancha Alviverde, sobre o jogo de ida pela Copa do Brasil, contra o Vitória, no Parque Antarctica.
Mustafá Contursi, presidente do clube, foi malhado no Sábado de Aleluia. Sua figura foi representada por um sapo, que recebeu pauladas dos torcedores assim como o boneco de um rato, que significava os empresários que utilizam o clube como vitrine.
Depois de destruídos, os dois bonecos foram arremessados para dentro do vizinho centro de treinamento são-paulino.
Enquanto isso, alguns torcedores se acorrentaram nos portões do CT palmeirense, exigindo a presença de diretores para ouvir suas reclamações, que vão desde o rebaixamento, passando pela falta de contratações de peso e até a derrota no jogo-treino contra o Ituano. Só saíram quando o atacante Thiago Gentil e o meia Magrão foram conversar com eles.
Perto dali, o volante Marcinho, recém-contratado vindo do Figueirense, deu sua primeira entrevista com gritos ao fundo.
""Pressão existe em qualquer time de futebol, mas aqui parece maior por essa história de segunda divisão", respondeu o atleta.
Já Fernando Gonçalves, diretor de futebol, decidiu minimizar o ato. ""Isso já virou rotina", disse o dirigente, que se negou a falar com os torcedores. Por seu lado, Contursi se defendeu das críticas dizendo que ""a equipe é boa".
A Mancha Alviverde poupou Contursi durante seu reeleição em janeiro, ficando para a TUP (segunda maior organizada palmeirense) o papel de denunciar irregularidades de sua gestão.
Com o insucesso no Paulista, porém, a Mancha voltou à carga, com protestos, manifestos e vaias após os jogos contra o dirigente.
O time faz sua estréia na Série B do Brasileiro no próximo sábado, contra o Brasiliense, no Distrito Federal -longe da torcida, como era desejo dos dirigentes.



Texto Anterior: Ciclismo: Colombiano é excluído de prova por doping
Próximo Texto: Futebol - José Geraldo Couto: Um mini Rio-São Paulo
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.