São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004

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PAINEL FC

Menos datas, menos grana
A Rede Globo ofereceu R$ 136 milhões ao Clube dos 13 para transmitir o Brasileiro-06. Alega que não pode pagar mais porque haverá redução de clubes e, conseqüentemente, de jogos na TV. Seriam 38 datas contra 46 em 2004, em que paga R$ 134 milhões, e 42 em 2005, quando desembolsará R$ 143 milhões.

Para o futuro
Na reunião com o C13, a emissora voltou a mostrar interesse na criação do ""canal do futebol", que seria comercializado com operadoras dentro e fora do Brasil. Mas o projeto não deve sair do papel antes de 2006.

Barrado no baile 2
Ex-secretário executivo do Ministério do Esporte na era FHC, José Luiz Portella viveu momentos de constrangimento ontem. Não pôde entrar na reunião com a Globo num hotel paulistano. O consultor do Fla é considerado persona non grata pelo C13.

Portas fechadas
Como Portella já havia sido barrado de reunião anterior, Márcio Braga foi orientado a não insistir. Com o ex-secretário, um dos idealizadores do Estatuto do Torcedor, não tem papo. Quem avisa é Fábio Koff, presidente do C13.

Agora vai?
O juiz Carlos Henrique Abrão determinou que a eleição para presidente do São Paulo seja realizada sábado à tarde. Só poderão votar, além dos 152 vitalícios, os 80 conselheiros eleitos em abril de 2000, como queria a oposição. A ação foi proposta por 18 conselheiros contrários à gestão atual, que não foram reeleitos no último dia 3.

Aviso prévio
A princípio, o juiz havia marcado o pleito para hoje, mas, depois, reconsiderou a decisão e alegou que precisaria de 48 horas para citar o São Paulo e Cláudio Aidar, presidente do Conselho Deliberativo, da decisão.

Fiado só amanhã
Não passou de balela discurso de Eurico Miranda de que havia colocado em dia os salários dos atletas. Terminado o Estadual do Rio, o presidente do Vasco voltou a ser pressionado pelos jogadores, que exigem os atrasados. Haviam acertado com o dirigente que só reclamariam depois da decisão contra o Flamengo. E é o que estão fazendo.

Em baixa
Sem Palmeiras e Botafogo-RJ, a Série B do Brasileiro perdeu o horário nobre na TV aberta. A FBA, entidade que administra a segunda divisão do Brasileiro, diz que seus jogos serão exibidos pela Record nas manhãs de domingo, às 11h. O problema é que nem isso a emissora confirma. E admite até que pode deixar de exibi-los neste ano.

Cartilha
A FBA criou um código de ética para evitar que os clubes roubem atletas ou entrem com ação uns contra os outros. As sanções ainda não foram definidas, mas podem ir de multas à desfiliação. "Isso é para acabar com a sacanagem entre os clubes", comentou Peter Silva, presidente da Futebol Brasil Associados.

História sem fim
A decisão do Cearense deste ano pode ir para o STJD. Como o Fortaleza se recusou a entrar em campo anteontem, na primeira "perna" da final, agora o Ceará é que não quer mais jogar. Acha melhor não haver campeão neste ano, pois assim impediria o bi do Fortaleza -a intenção do arqui-rival era tentar o inédito tri em 2005.

Quem não tem cão...
O deputado Luiz Carlos Gondin (PL) encampou idéia da TUP, organizada do Palmeiras. Ontem ele deu entrada em projeto de lei pedindo que a estação de metrô na Barra Funda leve também o nome do Palmeiras. O político, que é santista, diz que seria homenagem ao aniversário do clube, em agosto.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Pelé, ao criticar o modelo adotado pelo Real Madrid:
- O grande erro deles foi que se esqueceram de montar um time completo. Não adianta ter somente jogadores que tocam o piano, tem que ter gente para carregá-lo também.

CONTRA-ATAQUE

Desatenção máxima

Alguns atletas encaram sua profissão com frieza, não entram na provocação dos adversários e estão interessados apenas nos resultados.
Para outros, no entanto, é vital a emoção para impulsioná-los. E é tal o nervoso por que passam durante a disputa esportiva que alguns detalhes fogem à sua atenção.
Foi assim em 1969, quando o Accra Great Olympic disputou amistoso com o Palmeiras.
Tão empenhados no jogo e entretidos estavam os atletas do Palmeiras, que eles nem perceberam que a partida terminou com 13 jogadores atuando pela equipe adversária.
Os jogadores-extra foram entrando "de mansinho" durante o jogo, a pretexto de substituir companheiros supostamente contundidos... que por sua vez voltavam à partida.


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