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FUTEBOL
Médico volta a negar overdose, mas diz que ex-jogador continuará internado em Buenos Aires "por longo tempo"
Maradona usou cocaína, afirma agência
CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES
Análises clínicas teriam detectado entre 850 e 900 miligramas de
cocaína na urina de Diego Armando Maradona, segundo informou ontem a Télam, a agência
oficial de notícias da Argentina.
A informação reforça as suspeitas até agora negadas de que o ex-jogador tenha sido internado no
domingo devido a uma overdose.
De acordo com a Télam, o resultado das análises foi fornecido por
uma fonte da equipe médica que
está trabalhando com Maradona,
43, na UTI da Clínica Suíço-Argentina, onde ele continua hospitalizado em estado grave.
"Não tenho conhecimento", declarou Alfredo Cahe, médico particular de Maradona. Cahe já havia negado anteriormente a possibilidade de que Maradona tivesse
sofrido uma overdose.
O médico sustentou que o ex-atleta não estava usando cocaína
"nos últimos tempos" e que havia
controlado o vício. Disse também
que o quadro clínico de Maradona -de hipertensão, miocardiopatia e pneumonia bilateral-
não tinha "nada a ver" com a utilização excessiva de drogas.
Relatório médico divulgado no
início da tarde de ontem pela clínica indicou que o ex-jogador
mantinha um quadro geral "estabilizado", com uma "aceitável
evolução" da pneumonia.
De acordo com esse relatório,
não foi confirmada a presença de
cocaína na urina do ex-jogador.
Maradona permanece com respiração artificial -segundo Cahe, "por cuidado e precaução".
Por fim, o relatório acusou a
presença de bactérias que podem
estar relacionadas a infecções.
Alfredo Cahe esclareceu que a
bactéria encontrada é parte do
processo infeccioso de Maradona
e que "não o agrava, de nenhuma
maneira". O próximo boletim
médico será divulgado por volta
do meio-dia de hoje.
Segundo Cahe, a saúde do ex-jogador ainda é "delicada". Ele
acrescentou que Maradona "está
um pouco melhor que ontem
[anteontem]", que "está avançando um pouco, passo a passo" e
que deverá ficar internado ainda
"por um longo tempo".
Enquanto isso, o cerco da mídia
e dos fãs de Maradona em frente à
clínica continua. Ontem, o ex-jogador recebeu a visita do presidente do Boca Juniors, Mauricio
Macri, que saiu do hospital sem
falar com a imprensa.
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