São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2006

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AUTOMOBILISMO

Em Imola, time estréia carro e dá sua maior cartada no Mundial de F-1

Ferrari se renova e vai para o tudo ou o nada em casa

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A IMOLA

Suspensão traseira que promete revolucionar a F-1, novos desenhos dos aerofólios, dos defletores e do assoalho, evolução do motor e uma mistura diferente na borracha nos pneus. A Ferrari, enfim, revelou em Imola por que classifica o GP de San Marino como um reinício de campeonato.
Preocupada em não deixar a Renault sumir na ponta e pressionada a dar um carro competitivo a Michael Schumacher, a equipe aproveitou o fato de correr em casa no final de semana e adotou tática de risco. De tudo ou nada.
O carro que a partir de hoje disputa os primeiros treinos para a quarta etapa do Mundial é uma revisão completa daquele que esteve há três semanas na Austrália.
No melhor cenário, o do tudo, a Ferrari repetirá o que já fez no passado e sairá de Imola, a 80 km de sua sede, em Maranello, ciente de que tem chances de título. Mas pode dar o nada. E o efeito interno na equipe deve ser devastador.
A começar por Schumacher, cujo contrato termina em dezembro e que condiciona a decisão sobre seu futuro à competitividade do 248 F1, o modelo deste ano. "Quero lutar com o pessoal da frente."
Até agora isso não ocorreu. Em três GPs, três vitórias da Renault, sendo duas de Fernando Alonso.
Ontem, em Imola, Schumacher voltou a ser questionado sobre o assunto após a agência de notícias alemã SID divulgar que o anúncio sobre seu futuro seria feito na prova de Nurburgring, na Alemanha, no início de maio.
"Não fixei hora e data para isso. Quando eu tomar uma decisão, irei me lembrar de avisar a todos."
A Ferrari não esconde sua intenção de bajular o alemão. Além de buscar a vitória, a equipe quer presenteá-lo com o último recorde que lhe resta bater. Em Imola, Schumacher pode obter sua 66ª pole, superando Ayrton Senna.
Para isso, usará um motor liberado até os 19 mil rpm -mil giros a mais do que em Melbourne. A Bridgestone ainda promete um composto "macio, aderente e resistente". Mas a maior novidade está na suspensão traseira: poderá ser ajustada nos boxes, com uma manivela. "É um GP crucial para nós, e sabemos disso", diz o diretor esportivo Stefano Domenicali.


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