São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 2011

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Ele voltou

Vitória sobre o fraco Deportivo Táchira empolga o Pacaembu e classifica o Santos para o mata-mata da Libertadores

Ricardo Nogueira/Folhapress
Neymar festeja gol e ‘coloca máscara’, que o levou à expulsão duas rodadas atrás no torneio

Santos 3
Neymar, aos 3min e Jonathan, aos 13min do 1º tempo; Danilo, aos 26min do 2º tempo

Deportivo Táchira 1
Chacón, aos 24min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

Antes desta Libertadores começar, o Santos, recheado de estrelas, era apontado como um dos principais favoritos à conquista do título.
A vitória por 3 a 1, ontem, sobre o Deportivo Táchira, no Pacaembu, fez com que a equipe recuperasse essa condição, bastante questionada durante a irregular campanha santista na fase de grupos do torneio internacional.
O resultado coloca o Santos nas oitavas de final da Libertadores, com 11 pontos, no segundo lugar na sua chave. O Cerro Porteño, que ontem venceu o Colo Colo por 3 a 2 no Chile, terminou a fase como líder do grupo, com a mesma pontuação, mas com vantagem no saldo de gols.
O rival santista no mata-mata será o América-MEX, que ontem empatou com o Nacional-URU fora de casa -foi o pior primeiro colocado. O primeiro jogo das oitavas será no Brasil -provavelmente em Santos-, e a partida decisiva, no México.
O sonho do tricampeonato continental renasceu graças a um segundo turno perfeito da equipe do litoral.
Antes, o time havia somado dois empates e uma derrota, tropeços que obrigaram o Santos a disputar o restante da fase no limite. Precisaria vencer os três confrontos que ainda tinha a fazer para continuar vivo, sem depender de resultados alheios.
Foi exatamente o que aconteceu. Primeiro, sob o comando de Marcelo Martelotte, a nervosa vitória em casa sobre o Colo Colo (3 a 2).
Depois, já com Muricy Ramalho no banco, mas sem Neymar e Elano, suspensos, 2 a 1 sobre o Cerro Porteño, fora.
A recuperação se completou no Pacaembu, numa jornada muito mais tranquila do que as enfrentadas pelos santistas até então. Ante um adversário frágil, o Santos teve pela primeira vez na temporada todos os seus atletas.
A violência do time venezuelano não intimidou Neymar, que fez o primeiro gol santista e teve participação brilhante no terceiro, ao deixar quatro adversários para trás antes de cruzar para Zé Love. O companheiro furou embaixo da trave, mas Danilo pegou a sobra e marcou.
O segundo tento foi de Jonathan, num chute forte no ângulo do goleiro Sunhouse.
Apesar da força de seu ataque, o Santos voltou a demonstrar insegurança na defesa. O Táchira teve chances claras de diminuir, mas falhou -exceção à falta cobrada por Chacón, o gol de honra do time, quando a vantagem alvinegra era de 2 a 0.
Se Muricy precisou, e conseguiu, controlar os nervos dos atletas, agora terá que trabalhar para que a euforia santista não atrapalhe. Ontem, nas arquibancadas, o grito dos torcedores era claro: "Vamos ser tri, Santos".


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