São Paulo, terça, 21 de abril de 1998

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BASQUETE NO MUNDO
Playoffs

MELCHIADES FILHO

Dentro de dois dias, a NBA dá início ao "campeonato dentro do campeonato". São os playoffs, mata-matas que se estendem por seis semanas até que seja definido o vencedor da temporada. Antes de falar deles, mando um recado para os que desdenham da maratona classificatória: os times de melhor campanha na primeira fase conquistaram 10 dos últimos 18 títulos da liga americana.

É o Utah Jazz quem adentra os playoffs com o currículo mais notável, 62 vitórias e 20 derrotas. Trata-se da única equipe da NBA a se concentrar antes dos jogos e a levar a cabo um toque noturno de recolher (0h30). Será que isso ajuda?

Já o Seattle Supersonics se credencia como o único time que conseguiu bater todos os outros 28. O Chicago só não soube vencer o Utah; o Utah não superou o Washington; os Lakers não passaram pelo Philadelphia; o Miami caiu diante de San Antonio, Phoenix e Seattle; o Indiana fracassou perante Lakers, Seattle e San Antonio; o Charlotte não ganhou do Atlanta...

Em fevereiro, o técnico Del Harris balançou no emprego depois que o time perdeu três vezes seguidas fora de casa. Mas, ironicamente, o Los Angeles Lakers encerrou a fase classificatória com a melhor campanha longe de seu ginásio: 28 vitórias em 41 jogos.

O Chicago Bulls, por sua vez, ostenta o melhor desempenho em casa, com apenas 4 derrotas em 41 confrontos na sua arena. Mas seus torcedores supersticiosos têm o que temer. Todas as vezes em que o time foi campeão, a média de pontos de seu pivô titular foi inferior a 10 -seja com Bill Cartwright (9,6, em 90/91; 8,0, em 91/92; 5,6, em 93/93) ou com Luc Longley (9,1, em 95/96; 9,1, em 96/97). Nesta temporada, contudo, Longley chega aos playoffs com 11,4 pontos por partida.

NOTAS

Os melhores 1
A NBA deve eleger Jerry Sloan (Utah) o melhor técnico de 97/98. Eu voto em Mike Fratello (Cleveland), que levou aos playoffs um time completamente reestruturado e amparado em quatro calouros.

Os melhores 2 O ala Danny Manning (Phoenix) é o favorito ao troféu de melhor reserva. De novo, discordo. Insisto com o armador Kobe Bryant (LA Lakers), o cestinha entre suplentes, com média de 15,4 pontos. Coincidência: Manning e Bryant são filhos de ex-jogadores da NBA.

Os melhores 3
Quanto aos calouros, não há polêmica. Tim Duncan (San Antonio) liderou a NBA com 57 "double-doubles" (acima de dez em duas categorias estatísticas distintas). Para Charles Barkley, o pivô é tão bom que merecia "também o prêmio dos dois últimos anos".

E-mail melk@uol.com.br



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