São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

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CIDA SANTOS

O capitão e as lições do passado

Nalbert volta à seleção sem a tarja no braço, pois o técnico Bernardinho o considera agora só mais um soldado

A SELEÇÃO masculina já está com o pé na estrada para mais uma edição da Liga Mundial de vôlei. O time fica no Japão até quinta, adaptando-se ao fuso horário e aos ares do Oriente. Depois viaja para a Coréia do Sul, casa do primeiro rival. A estréia será no sábado. Sem estrelas, como Ricardinho e Giba, que ganharam um período maior de descanso, a seleção vai mostrar uma nova cara.
A tendência é que o levantador Marcelinho seja o titular, mas ele não terá vida fácil. Bruninho, mais veloz e com estilo mais próximo ao de Ricardinho, será uma bela opção para mudar o ritmo do jogo. No meio, os titulares serão Rodrigão e Éder, uma das revelações do Florianópolis na Superliga. O líbero Alan vai ocupar a vaga de Escadinha, que está com lesão no joelho e deverá ficar fora da equipe por um mês. Na ponta, quatro lutam por duas vagas: Roberto Minuzzi, Murilo, Nalbert e Thiago Alves, uma das novas apostas. Pelo que vem jogando, Minuzzi merece a posição.
Samuel pediu e foi atendido. Não vai atuar como ponteiro, mas como oposto, posição em que foi campeão brasileiro pelo Minas. Como está em melhor forma do que Anderson, ele vai começar no time titular. Outra novidade é o capitão. O escolhido por Bernardinho, para temporariamente substituir Ricardinho, foi Rodrigão. Nalbert, capitão até Atenas-04 e que depois foi jogar na praia, não ficou com a faixa.
A explicação de Bernardinho é boa: "Ele não volta como o general que foi, mas como um soldado que briga por um espaço". É sábia essa decisão. Em 2000, Tande e Giovane, que atuavam na praia, voltaram para a seleção dois meses antes do início dos Jogos de Sydney. Chegaram com vaga assegurada. O grupo não assimilou essa história. Resultado: a seleção, na época dirigida por Radamés Lattari, acabou em sexto lugar.
Nalbert voltou dois meses antes do Pan e a pouco mais de um ano de Pequim-08. Ele não foi recebido com muita euforia pelos colegas. A posição geral do grupo é que ele tem que provar que merece estar na seleção novamente. A briga de Nalbert vai ser dura: Giba, Dante, Murilo e Minuzzi são os adversários diretos pelas quatro vagas de ponteiros.

ITALIANO
O Jesi, de Jaqueline, levou a melhor sobre o Pesaro, de Mari, Sheilla e do técnico Zé Roberto Guimarães. Na primeira partida da série de cinco da semifinal do Italiano, o Jesi venceu por 3 sets a 2 (25/12, 20/25, 20/25, 25/23 e 15/11). O próximo jogo é quarta, em Pesaro.

DE OLHO EM RENAN
O Treviso, de Gustavo, venceu o Piacenza, de Escadinha, três vezes e conquistou o título italiano. Mas o time agora está sem técnico: Daniele Bagnoli foi para Dínamo de Moscou. O Treviso tentou contratar o romeno Stelian Moculescu, mas não conseguiu. Agora quer Renan, técnico do Florianópolis.

cidasan@uol.com.br


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