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CIDA SANTOS
O capitão e as lições do passado
Nalbert volta à seleção sem a tarja no braço, pois o técnico Bernardinho o considera agora só mais um soldado
A SELEÇÃO masculina já está
com o pé na estrada para mais
uma edição da Liga Mundial
de vôlei. O time fica no Japão até
quinta, adaptando-se ao fuso horário e aos ares do Oriente. Depois viaja para a Coréia do Sul, casa do primeiro rival. A estréia será no sábado.
Sem estrelas, como Ricardinho e
Giba, que ganharam um período
maior de descanso, a seleção vai
mostrar uma nova cara.
A tendência é que o levantador
Marcelinho seja o titular, mas ele
não terá vida fácil. Bruninho, mais
veloz e com estilo mais próximo ao
de Ricardinho, será uma bela opção
para mudar o ritmo do jogo.
No meio, os titulares serão Rodrigão e Éder, uma das revelações do
Florianópolis na Superliga. O líbero
Alan vai ocupar a vaga de Escadinha,
que está com lesão no joelho e deverá ficar fora da equipe por um mês.
Na ponta, quatro lutam por duas
vagas: Roberto Minuzzi, Murilo,
Nalbert e Thiago Alves, uma das novas apostas. Pelo que vem jogando,
Minuzzi merece a posição.
Samuel pediu e foi atendido. Não
vai atuar como ponteiro, mas como
oposto, posição em que foi campeão
brasileiro pelo Minas. Como está em
melhor forma do que Anderson, ele
vai começar no time titular.
Outra novidade é o capitão. O escolhido por Bernardinho, para temporariamente substituir Ricardinho, foi Rodrigão. Nalbert, capitão
até Atenas-04 e que depois foi jogar
na praia, não ficou com a faixa.
A explicação de Bernardinho é
boa: "Ele não volta como o general
que foi, mas como um soldado que
briga por um espaço". É sábia essa
decisão. Em 2000, Tande e Giovane,
que atuavam na praia, voltaram para
a seleção dois meses antes do início
dos Jogos de Sydney. Chegaram
com vaga assegurada. O grupo não
assimilou essa história. Resultado: a
seleção, na época dirigida por Radamés Lattari, acabou em sexto lugar.
Nalbert voltou dois meses antes
do Pan e a pouco mais de um ano de
Pequim-08. Ele não foi recebido
com muita euforia pelos colegas.
A posição geral do grupo é que ele
tem que provar que merece estar na
seleção novamente. A briga de Nalbert vai ser dura: Giba, Dante, Murilo e Minuzzi são os adversários diretos pelas quatro vagas de ponteiros.
ITALIANO
O Jesi, de Jaqueline, levou a melhor sobre o Pesaro, de Mari, Sheilla e do técnico Zé Roberto Guimarães. Na primeira partida da série
de cinco da semifinal do Italiano, o
Jesi venceu por 3 sets a 2 (25/12,
20/25, 20/25, 25/23 e 15/11). O
próximo jogo é quarta, em Pesaro.
DE OLHO EM RENAN
O Treviso, de Gustavo, venceu o
Piacenza, de Escadinha, três vezes
e conquistou o título italiano. Mas
o time agora está sem técnico: Daniele Bagnoli foi para Dínamo de
Moscou. O Treviso tentou contratar o romeno Stelian Moculescu,
mas não conseguiu. Agora quer Renan, técnico do Florianópolis.
cidasan@uol.com.br
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