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Vizinho supera Brasil na meca das apostas inglesas
Na William Hill, time de Parreira perde favoritismo pela
primeira vez desde o início dos lances para a Copa-2006
Adriano, em quinto, é o mais
bem colocado da seleção
na tabela de favoritos à
artilharia, em que Ronaldo
figura apenas em 17º lugar
DA REPORTAGEM LOCAL
Na maior casa de apostas do
Reino Unido, o Brasil já perdeu
sua condição de franco-favorito. Na William Hill, de Londres,
o líder canarinho foi ultrapassado pelo seu maior rival pela
primeira vez neste Mundial.
As apostas, feitas em libras
esterlinas -moeda corrente no
Reino Unido, equivalente a R$
4,12 pelo câmbio de ontem-,
pagam quatro libras para cada
uma apostada na Argentina,
enquanto que o Brasil paga
4,50 libras. Quanto menos favorito se é, mais a aposta é rentável em caso de acerto.
"O Brasil era o favorito de todo mundo, mas não começou
bem", diz o porta-voz da William Hill, Rupert Adams. "A
Argentina sempre foi tida como
um grande time, mas aqui na
Inglaterra não era vista como
favorita. Depois de seus primeiros jogos, em que esteve muito
bem, fez seis gols em Sérvia e
Montenegro, o interesse na
equipe aumentou."
Chama a atenção também a
terceira posição da seleção inglesa, numa campeonato em
que Alemanha, Espanha e Holanda mostraram melhor futebol. "Isso obviamente tem a ver
com a empolgação do torcedor
inglês", afirma o porta-voz.
A desilusão com o time de
Parreira, que era tido antes como uma das seleções mais
ofensivas do Mundial, também
se vê na bolsa de apostas que
aponta quem vai ser o artilheiro da Copa da Alemanha.
O verde-amarelo mais bem
colocado é Adriano, da Inter de
Milão, que ganhou fôlego após
seu gol contra a Austrália e está
na quinta colocação, conseguindo ficar à frente até de jogadores que somam dois gols,
como o argentino Maxi Rodríguez e o mexicano Bravo.
Os outros vértices do quarteto mágico, porém, parecem não
encantar mais ninguém. Hon-rosas posições ainda são as de
Ronaldinho e Kaká, empatados
na 11º posição.
A queda de rendimento de
Ronaldo, porém, parece não
enganar nem o mais entusiasta
apostador do último artilheiro
da Copa do Mundo, em 2002.
O atacante do Real Madrid
aparece em 17º, ao lado de improbabilidades como Tim Cahill, da Austrália, pagando 51 libras a cada uma apostada.
"Essa é a lista mais fácil de se
alterar, hoje já aparecem na
ponta Klose e Torres, por causa
dos gols que fizeram", afirma
Adams.
(MÁRVIO DOS ANJOS)
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