Time argentino ganha décimo jogo seguido contra brasileiros em mata-mata de Libertadores e é campeão pela 6ª vez

Com dois gols de Riquelme, clube tira invencibilidade gremista em casa e se torna o segundo maior vencedor do certame continental

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Poucas vezes um time brasileiro se mostrava tão confiante para enfrentar o Boca Juniors em um mata-mata pela Libertadores da América como o Grêmio atual. Só que poucas vezes também um time nacional foi tão inofensivo diante do carrasco argentino como o então "imortal gaúcho".
No segundo jogo da decisão de 2007, ontem, em Porto Alegre, o Boca, com gols de Riquelme, venceu por 2 a 0 e conquistou o maior torneio sul-americano pela sexta vez -só perde em número de taças para Independiente, que tem sete.
Foi o décimo triunfo seguido do Boca em mata-mata contra brasileiros pela Libertadores -até hoje, só perdeu para o Santos de Pelé, em 1963.
E o Grêmio, que passou a semana exalando confiança mesmo depois de caído na ida por 3 a 0, fez feio dentro e fora de campo -seus torcedores atiraram fogos em direção ao gramado durante quase todo o jogo, principalmente depois que o rival fez seu primeiro gol, já na metade do segundo tempo.
Os cinco gols sofridos nos dois jogos foram outro recorde negativo. São Caetano e Paysandu foram rivais bem mais duros para o time portenho.
Foi o 21º título argentino na Libertadores. O Brasil tem 13. O Boca está classificado para o Mundial de Clubes da Fifa no final do ano, que terá o Milan como representante europeu.
E, para pesadelo dos brasileiros, já tem vaga garantida na próxima edição da Taça Libertadores, torneio que ganhou ontem pela quarta vez nos últimos oito anos.
Para voltar à maior competição sul-americana, o Grêmio, que foi aplaudido pela torcida no final do jogo, precisa reagir no Brasileiro, campeonato em que vem atuando com equipe reserva e está na 16ª posição, só uma acima da zona do rebaixamento. A próxima partida é o clássico contra o Inter.


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