São Paulo, sábado, 21 de junho de 2008

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Juliana descarta operar joelho

Segundo médico, apesar de caso ser cirúrgico, atleta pode fazer fisioterapia e arriscar ida a Pequim

Larissa diz que "clima de velório" acabou, mas decisão final sobre disputa do vôlei de praia olímpico só será tomada no fim de julho

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A principal dupla de vôlei de praia do Brasil decidiu apostar em uma "sobrevida". Apesar de ter sofrido grave lesão no joelho, Juliana optou por não passar por cirurgia e acredita em recuperação até Pequim.
A jogadora foi examinada ontem em Fortaleza pelo ortopedista Henrique César, que acompanha a parceria.
"Os exames mostraram que o rompimento [do ligamento posterior do joelho direito] foi quase total, o caso é cirúrgico. O risco é grande, mas ela vai tentar. O clima de velório já passou e estamos confiantes. Vamos esperar até 30 de julho para decidir se ela vai comigo ou se jogarei com outra pessoa", afirmou Larissa, por telefone.
A decisão de descartar a cirurgia foi tomada pela comissão técnica e pela dupla. A Confederação Brasileira de Vôlei enviou representante a Fortaleza. Emitiu nota em que apenas diz que Juliana será examinada no Rio na semana que vem por médicos da entidade.
Se Juliana não se recuperar, Larissa terá de escolher uma parceira que tenha disputado ao menos oito etapas do Circuito Mundial desde 2007. A campeã olímpica Sandra e Ana Paula, que ainda busca vaga em Pequim, são as jogadoras com estilo de jogo mais próximo do que Larissa precisaria.
As atuais líderes do ranking mundial e uma da duplas favoritas ao pódio em Pequim, no entanto, afirmam que nem pensaram ainda na hipótese de desfazer a parceria.
"O médico nos informou que posso arriscar, fazer um trabalho intenso de fisioterapia, reforçar a musculatura do joelho, jogar e só operar depois da Olimpíada", afirmou Juliana. "Conversei com o Doppler [atleta austríaco], que sofreu a mesma lesão há cerca de quatro anos e, 40 dias depois, estava de volta às quadras. Ele vai para a Olimpíada. Outro grande exemplo é a Adriana Behar [vice-campeã olímpica]. Ela também se lesionou, em 1995, e continuou jogando até este ano", completou a jogadora.
A Folha tentou sem sucesso entrar em contato com o médico de Juliana ontem.
Segundo especialistas, a opção dela é arriscada. A jogadora pode a qualquer momento sofrer nova contusão na região e ter de deixar os Jogos.


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