São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Quanto mais forte melhor

Seleção se redime de atuação cambaleante e, diante da prestigiada Costa do Marfim, pressiona, vê o artilheiro Luis Fabiano desencantar , perde Kaká, mas assegura lugar no mata-mata

Brasil 3
Luis Fabiano, aos 25min do 1º tempo e aos 5min do 2º tempo, e Elano, aos 17min do 2º tempo
Costa do Marfim 1
Drogba, aos 34min do 2º tempo
Ivan Sekretarev/Associated Press
Luis Fabiano comemora um de seus dois gols no estádio Soccer City

EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO

O Brasil de Dunga e Luis Fabiano não foi feito para enfrentar nanicos. O Brasil de Dunga e seu artilheiro gosta de bater nos fortes.
O Brasil de Dunga e do camisa 9 da seleção assegurou sua vaga nas oitavas de final da Copa na África do Sul.
Contra os sarados da Costa do Marfim, a seleção jogou bem, fez 3 a 1, com um golaço de Luis Fabiano, após dois chapéus e a ajuda de um "braço santo", como definiu o próprio jogador, que já havia aberto o placar do jogo.
Mas teve seu bom moço, Kaká, maior estrela do time, expulso no segundo tempo.
Depois da estreia cambaleante contra a frágil Coreia do Norte, a seleção de Dunga foi vibrante diante de um time conceituado, com jogadores de grandes clubes europeus e capitaneado pelo craque Didier Drogba.
É contra equipes com esse perfil que os brasileiros costumam se sair melhor.
Foi assim com a Argentina de Messi, a Inglaterra de Rooney e Portugal de Cristiano Ronaldo, que joga hoje e na sexta-feira pega o Brasil -o duelo pode valer a primeira colocação do Grupo G.
"Neste jogo, tivemos mais paciência para trabalhar melhor a bola", resumiu Dunga.
Paciência que, aliada à técnica e à força, levou Luis Fabiano a quebrar jejum de seis jogos sem balançar as redes pela seleção. Nesses duelos em que passou em branco, o único rival entre os 30 primeiros do ranking da Fifa foi a Inglaterra. Três não estavam nem entre os top 100.
Com Dunga, a média de gols do Fabuloso quando enfrenta rivais top 30 é quase o triplo da registrada diante de oponentes em posições acima: 1,17 contra 0,44.
Contra a Costa do Marfim, 27ª do ranking, o artilheiro ressurgiu em grande estilo. Abriu o placar aos 25min. Após receber de Kaká, soltou uma bomba, na cara do gol.
Os marfinenses foram obrigados a sair mais para o jogo na segunda etapa. Mas, logo aos 5min, Luis Fabiano, após a bola tocar em seu braço, aplicou um chapéu num rival, passou por outro da mesma forma e, já na área, dominou a bola com o braço e mandou para as redes.
"Foi um braço santo, mas valeu", brincou o jogador.
Os rivais ainda sofreram o terceiro gol, de Elano, aos 17min, após jogada de Kaká.
Drogba, que passou o jogo sumido, só apareceu aos 34min, com um gol de cabeça. O cara da noite ontem era outro. E estava de amarelo.


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