São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Joanna Maranhão diz que presidente da CBDA é ditador e ouve resposta

DA SUCURSAL DO RIO
DO ENVIADO AO RIO

A festa de medalhas da natação nacional aconteceu no mesmo dia de um forte tiroteio entre Joanna Maranhão e Coaracy Nunes, o presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos).
A pernambucana, que ficou ontem fora do pódio dos 200 m medley, chamou o cartola de ditador. "Ele está há 19 anos no poder. Isso não pode acontecer." Segundo a nadadora, Coaracy só se importa com quem dá resultados. Disse que os colegas da modalidade têm medo de falar o que pensam sobre ele com receio de perderem o patrocínio dos Correios e que a confederação peca em alguns aspectos técnicos.
Ela falou ter certeza de que o dirigente "vai fazer algo" para prejudicá-la. "Mas eu não vou ficar calada. Se ele me tirar da seleção, posso até competir por outro país", disse Joanna, abrindo a chance de se casar com estrangeiro para ganhar a cidadania de outra nação.
Coaracy rebateu as acusações de Joanna, quinta colocada nos 400 m medley na Olimpíada de Atenas-2004.
"A única maneira de a Joanna aparecer é falar mal da CBDA. Afinal, ela não dá mais resultado técnico", afirmou o cartola, que deu sua justificativa para o fato de a nadadora não ter mais verba dos Correios, o patrocinador da sua entidade.
"Ela não cumpriu algumas cláusulas do contrato com os Correios. Não usava a camisa [com a logomarca dos Correios] nem foi à festa anual que os Correios fazem. Isso era obrigatório pelo contrato. E eles [a empresa] resolveram encerrar o contrato neste ano."
O cartola diz que a CBDA não persegue atletas e retrucou a crítica de Joanna pelo seu longo reinado na entidade.
"Ela que se candidate", disse o dirigente. (FG E PC)


Texto Anterior: Mar poluído tira Poliana da piscina
Próximo Texto: Judô: Sucesso vem dos 15 aos 30 e coroa nova estratégia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.