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Joanna Maranhão diz que presidente da CBDA é ditador e ouve resposta
DA SUCURSAL DO RIO
DO ENVIADO AO RIO
A festa de medalhas da natação nacional aconteceu no
mesmo dia de um forte tiroteio
entre Joanna Maranhão e Coaracy Nunes, o presidente da
CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos).
A pernambucana, que ficou
ontem fora do pódio dos 200 m
medley, chamou o cartola de
ditador. "Ele está há 19 anos no
poder. Isso não pode acontecer." Segundo a nadadora, Coaracy só se importa com quem
dá resultados. Disse que os colegas da modalidade têm medo
de falar o que pensam sobre ele
com receio de perderem o patrocínio dos Correios e que a
confederação peca em alguns
aspectos técnicos.
Ela falou ter certeza de que o
dirigente "vai fazer algo" para
prejudicá-la. "Mas eu não vou
ficar calada. Se ele me tirar da
seleção, posso até competir por
outro país", disse Joanna,
abrindo a chance de se casar
com estrangeiro para ganhar a
cidadania de outra nação.
Coaracy rebateu as acusações de Joanna, quinta colocada nos 400 m medley na Olimpíada de Atenas-2004.
"A única maneira de a Joanna aparecer é falar mal da
CBDA. Afinal, ela não dá mais
resultado técnico", afirmou o
cartola, que deu sua justificativa para o fato de a nadadora não
ter mais verba dos Correios, o
patrocinador da sua entidade.
"Ela não cumpriu algumas
cláusulas do contrato com os
Correios. Não usava a camisa
[com a logomarca dos Correios] nem foi à festa anual que
os Correios fazem. Isso era
obrigatório pelo contrato. E
eles [a empresa] resolveram
encerrar o contrato neste ano."
O cartola diz que a CBDA não
persegue atletas e retrucou a
crítica de Joanna pelo seu longo reinado na entidade.
"Ela que se candidate", disse
o dirigente.
(FG E PC)
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