São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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Beisebol

Cuba supera aguaceiro e EUA na final; fãs sofrem

EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Finalmente, Cuba e EUA fizeram a final do beisebol ontem. Se no campo se viu o melhor da modalidade, na platéia parecia show de pegadinhas.
Os efeitos das chuvas que adiaram a decisão do ouro para ontem ainda eram sentidos.
Se o campo não apresentasse condições de jogo novamente, a confederação pan-americana decidira que ambas as equipes seriam ouro. México, que partiu ontem pela manhã, e Nicarágua dividiram o bronze.
Com bolsões de água acumulados, o toldo cedeu em várias oportunidades e resultou em banhos no público e na mídia, em típica cena de ""pegadinha" dos programas de TV. Quem não estava embaixo da lona, tinha a atenção desviada pelo som de água atingindo assentos -e pessoas-, ou por quem saía buscando outros lugares.
""Não é algo que vai me tirar daqui. Não é constante", disse José Carrera, da delegação do Equador. Outro jato d'água atingiu assentos próximos a ele, afugentando seus vizinhos. Quase só, seguiu os colegas.
Funcionários retiravam água com a ajuda de sifão. Como artistas de circo, faziam contorcionismo para se pendurar nas estruturas que sustentavam a lona. Tudo sem equipamento de segurança. ""É horrível. É uma falta de segurança, desvia a nossa atenção", disse Rossana Ramirez, 28, fonoaudióloga.
Torcedores próximos a ela perguntavam o que os funcionários faziam pendurados. ""Acho que tirando a água, ou fazendo sair mais rápido. Ah, ah, ah, os bacanas [embaixo deles] vão é ficar ensopados", arriscou um deles, acomodado sob o sol.
Quem usava bandeirinhas de seu país para se proteger do calor eram os entusiasmados cubanos que foram à Cidade do Rock. Ofuscados pelos gritos dos demais membros da delegação, os campeões olímpicos Teófilo Stevenson (boxe), Regla Torres (vôlei), Feliberto Ascuy (luta greco-romana) e Alberto Juantorena (atletismo) passavam meio despercebidos.
Uma experiência interativa à torcida: a baixa altura da grade de segurança que separava o público do campo permitiu que uma bola fosse rebatida para a platéia. Ao aterrissar, logo foi levada como suvenir por uma senhora cubana, que festejou a vitória de seu país por 3 a 1.


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