São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002

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BASQUETE

Com distensão na virilha, pivô deverá ficar um mês sem jogar; dispensas por lesões marcam preparação do time

Nenê é nova ausência do país no Mundial

DA REPORTAGEM LOCAL

A nove dias da estréia no Mundial de Indianápolis, contra o Líbano, a seleção brasileira masculina ganhou mais um obstáculo no processo de formação de um time para a competição. O pivô Nenê, 19, não poderá defender o país devido a uma distensão na virilha sofrida na semana passada, durante uma clínica no Havaí.
O Denver Nuggets, equipe do atleta na NBA, divulgou ontem que ele terá que ficar afastado das quadras cerca de um mês.
"Nenê não jogará porque nosso médico pensa que a distensão na virilha poderá ficar mais séria se ele não iniciar o tratamento imediatamente", disse um dos diretores da equipe, Tommy Sheppard.
O brasileiro deverá se submeter a sessões de fisioterapia nas próximas três semanas, quando então passará por nova avaliação.
Porém, deverá interromper o tratamento para visitar a seleção, aproveitando-se do fato de Jim Gillen, um dos assistentes do Denver, também integrar a comissão técnica dos EUA.
Segundo o técnico Hélio Rubens, os 12 jogadores que treinam desde a semana passada em Ribeirão Preto (SP) viajarão no domingo para os Estados Unidos.
Em Indianápolis, a delegação receberá o reforço de dois pivôs, Luís Fernando, que já havia sido convocado inicialmente pelo técnico, e Rafael Araújo, o Baby, que atua na universidade norte-americana de Brigham Young.
O treinador afirmou que a partir da avaliação dos treinos da próxima semana decidirá pelo grupo definitivo que será inscrito para o Mundial. A data-limite será quarta-feira, dia do congresso técnico antes do início do torneio.
O corte de Nenê, considerado pelo técnico Hélio Rubens um dos principais atletas da seleção e titular da equipe, é mais um empecilho na fase final de preparação para o torneio em Indianápolis.
No fim de junho, Hélio Rubens havia convocado 17 jogadores para o início dos treinamentos, dos quais, originalmente, cinco seriam cortados até esta semana para a definição dos 12 inscritos.
No entanto, os problemas começaram logo na apresentação do grupo. Primeiro, o armador Valtinho, provável titular, pediu dispensa sob a alegação de problemas pessoais e físicos. Mais tarde, foi a vez do pivô Estevam, na época sem jogar havia quase um mês devido a uma lesão no joelho esquerdo, ser dispensado.
Ainda em julho, outros dois atletas, o ala-armador Marcelinho, também titular, e o pivô Luís Fernando, deixaram os treinos para participar de testes em equipes da NBA, nos Estados Unidos.
Marcelinho, depois de disputar um torneio de verão pelo Portland Trail Blazers, ainda retornou ao país para se reintegrar ao elenco duas semanas mais tarde, já às vésperas da viagem para um torneio preparatório na Turquia.
Também no mês passado, outra ausência foi a do mais jovem atleta convocado, o ala-pivô Tiago Splitter, 17, que disputou a Copa América juvenil, na Venezuela.
No início deste mês, outro pivô, Michel, também foi cortado por razões médicas, por causa de uma tendinite no joelho esquerdo.
A preparação ainda foi prejudicada no seu início com o cancelamento de três amistosos em julho, contra a seleção cubana. Os adversários alegaram problemas internos para a desistência.
Hélio Rubens afirmara que os amistosos seriam importantes para dar ritmo de jogo ao grupo, pois a maioria dos jogadores não atuava desde o fim do Nacional, em junho. (MARCELO SAKATE)



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