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BASQUETE
Com distensão na virilha, pivô deverá ficar um mês sem jogar; dispensas por lesões marcam preparação do time
Nenê é nova ausência do país no Mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
A nove dias da estréia no Mundial de Indianápolis, contra o Líbano, a seleção brasileira masculina ganhou mais um obstáculo no
processo de formação de um time
para a competição. O pivô Nenê,
19, não poderá defender o país devido a uma distensão na virilha
sofrida na semana passada, durante uma clínica no Havaí.
O Denver Nuggets, equipe do
atleta na NBA, divulgou ontem
que ele terá que ficar afastado das
quadras cerca de um mês.
"Nenê não jogará porque nosso
médico pensa que a distensão na
virilha poderá ficar mais séria se
ele não iniciar o tratamento imediatamente", disse um dos diretores da equipe, Tommy Sheppard.
O brasileiro deverá se submeter
a sessões de fisioterapia nas próximas três semanas, quando então
passará por nova avaliação.
Porém, deverá interromper o
tratamento para visitar a seleção,
aproveitando-se do fato de Jim
Gillen, um dos assistentes do
Denver, também integrar a comissão técnica dos EUA.
Segundo o técnico Hélio Rubens, os 12 jogadores que treinam
desde a semana passada em Ribeirão Preto (SP) viajarão no domingo para os Estados Unidos.
Em Indianápolis, a delegação
receberá o reforço de dois pivôs,
Luís Fernando, que já havia sido
convocado inicialmente pelo técnico, e Rafael Araújo, o Baby, que
atua na universidade norte-americana de Brigham Young.
O treinador afirmou que a partir da avaliação dos treinos da
próxima semana decidirá pelo
grupo definitivo que será inscrito
para o Mundial. A data-limite será quarta-feira, dia do congresso
técnico antes do início do torneio.
O corte de Nenê, considerado
pelo técnico Hélio Rubens um dos
principais atletas da seleção e titular da equipe, é mais um empecilho na fase final de preparação para o torneio em Indianápolis.
No fim de junho, Hélio Rubens
havia convocado 17 jogadores para o início dos treinamentos, dos
quais, originalmente, cinco seriam cortados até esta semana para a definição dos 12 inscritos.
No entanto, os problemas começaram logo na apresentação
do grupo. Primeiro, o armador
Valtinho, provável titular, pediu
dispensa sob a alegação de problemas pessoais e físicos. Mais
tarde, foi a vez do pivô Estevam,
na época sem jogar havia quase
um mês devido a uma lesão no
joelho esquerdo, ser dispensado.
Ainda em julho, outros dois
atletas, o ala-armador Marcelinho, também titular, e o pivô Luís
Fernando, deixaram os treinos
para participar de testes em equipes da NBA, nos Estados Unidos.
Marcelinho, depois de disputar
um torneio de verão pelo Portland Trail Blazers, ainda retornou ao país para se reintegrar ao
elenco duas semanas mais tarde,
já às vésperas da viagem para um
torneio preparatório na Turquia.
Também no mês passado, outra
ausência foi a do mais jovem atleta convocado, o ala-pivô Tiago
Splitter, 17, que disputou a Copa
América juvenil, na Venezuela.
No início deste mês, outro pivô,
Michel, também foi cortado por
razões médicas, por causa de uma
tendinite no joelho esquerdo.
A preparação ainda foi prejudicada no seu início com o cancelamento de três amistosos em julho,
contra a seleção cubana. Os adversários alegaram problemas internos para a desistência.
Hélio Rubens afirmara que os
amistosos seriam importantes para dar ritmo de jogo ao grupo,
pois a maioria dos jogadores não
atuava desde o fim do Nacional,
em junho.
(MARCELO SAKATE)
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