NO COMEÇO desta cobertura, quando recebi a lista oficial dos esportes olímpicos e dos que são reconhecidos oficialmente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), pensei: é muito. Softbol, essa segunda categoria de beisebol, por sua vez uma segunda categoria do críquete? Maratona aquática?
O colunista reclamava de barriga cheia. Ainda não havia sido introduzido aos subterrâneos do "beer pong". Esqueça basquete, futebol americano ou natação: quando não estão jogando Wii, os estudantes dos EUA vão a algum bar participar do campeonato de "beer pong".
O nome vem do pingue-pongue, o nosso tênis de mesa, e agrega a palavra em inglês para "cerveja". Consiste basicamente do seguinte: separados por uma grande mesa, competidores dos dois lados devem acertar uma bola de pingue-pongue nos copos de cerveja dos adversários à frente. Quem acertar obriga o outro a beber o conteúdo do copo em questão.
Tudo é feito sem raquetes, com as mãos, e vence quem fizer o outro time esvaziar os seus copos primeiro -a essa altura, todos já estão abraçados, cantando alto, e ninguém mais sabe quem é de que time, qual copo está vazio ou cheio e como foi que apareceu essa garrafa de uísque no campo oficial.
Como tudo o que o norte-americano inventa para lazer, já há uma associação oficial de "beer pong", um campeonato nacional, regras mais ou menos definidas e até um histórico. Aparentemente, o esporte deriva do "beirute", muito popular em dormitórios de faculdades nos anos 80.
Há quem diga mesmo que a origem é o "kottabos", jogado na Grécia antiga, em que os competidores tentavam acertar em alvos a borra do vinho. Segundo informa a "Wikipedia", citando a "Enciclopédia Britânica", Sócrates seria um dos praticantes do "kottabos".
Pois aí está a sugestão para Jacques Rogge, presidente do COI: em 2012, "beer pong".


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