São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011 |
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UFC Rio derruba apoio a competições nacionais VALE-TUDO Liga, que prevê expansão, pede exclusividade de patrocínio EDUARDO OHATA DO PAINEL FC Principal torneio de vale-tudo ou MMA (artes marciais mistas), o UFC (Ultimate Fighting Championship), que no sábado faz sua primeira edição no Rio, já causa temor de monopólio em promotores de competições locais. A Folha apurou que o UFC exige exclusividade para fechar com empresas interessadas em patrocinar seus eventos ou mesmo em terem as marcas expostas nos uniformes dos lutadores. Ou seja, quem tiver a marca associada ao UFC não poderá apoiar outros campeonatos de vale-tudo no país. Além disso, UFC e Globosat, que detém direitos de transmissão na TV a cabo e no pay-per-view, discutem a realização de até mais 12 torneios pelo Brasil. A maioria deles de campeonatos "menores", chamados nos EUA de "UFC Fight Night". Nas discussões, houve indicação de que eventos nacionais menores perderão espaço com essa nova atração. O presidente do UFC, o norte-americano Dana White, confirmou nesta semana, em teleconferência com a mídia nacional, que trabalha para levar o UFC a todas as cidades do Brasil. "Queremos chegar até o México", disse. Em público, promotores de torneios nacionais dizem que o UFC não os prejudica. Comparam-no à Copa, ao argumentar que o Mundial-2014 não prejudicará o Brasileiro. Mas a reportagem da Folha flagrou um deles, em evento que reuniu profissionais da área do vale-tudo, reclamando que nem adiantava ir falar com representante de empresa parceira do UFC, pois não conseguiria nada por conta da exclusividade. O promotor, ao ser abordado pela reportagem, sob a condição de anonimidade e demonstrando nervosismo, reclamou da cláusula. Outros organizadores, que perderam parceiros para o UFC nos últimos dias, foram forçados a buscar outros apoiadores. Em certos casos, esse dinheiro é a única renda dos promotores, já que a Globosat não paga para transmitir alguns eventos. Sua contrapartida é justamente a veiculação do torneio e das marcas dos patrocinadores na TV. Para reforçar o temor de eventual monopólio, promotores citam a política expansionista do UFC, que comprou suas principais ligas rivais, o Pride e o Strikeforce. Com a exceção de Rodrigo "Minotauro" Nogueira, os destaques nacionais do vale-tudo iniciaram a carreira em torneios no Brasil. José Aldo, campeão pena do UFC, e Anderson Silva, principal astro da firma, debutaram no país. Procurado pela reportagem, o UFC, por meio de sua assessoria de imprensa, não se pronunciou sobre o tema. Texto Anterior: Vettelheim Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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