São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011

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Prova de sangue

Mundial de atletismo inicia passaporte biológico e vê dispensas mal explicadas

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Quando a Iaaf, entidade que rege o atletismo mundial, anunciou que todos os participantes do Mundial de Daegu passariam por exames de sangue, alguns atletas previram que lesões estranhas poderiam acontecer.
Poucos dias depois, os casos se sucederam.
Maior potência do atletismo, os EUA anunciaram sua equipe para o evento, que começa na sexta às 21h (de Brasília), sem Debbie Dunn.
Campeã mundial indoor dos 400 m, Dunn alegou contusão, que não foi especificada pela federação norte-americana. A atleta e seu agente também não explicaram o motivo da ausência.
No dia seguinte, a federação francesa anunciou sua seleção com novidade no revezamento 4 x 100 m. Ronald Pognon substituindo Martial Mbandjock, lesionado.
Também não foram divulgados detalhes da contusão.
O Brasil, que disputa a competição com 29 atletas, também teve caso parecido.
Eleita o destaque do Troféu Brasil, maior competição nacional, a fundista Simone Alves da Silva pediu dispensa na véspera do embarque para a Coreia do Sul.
A assessoria de imprensa da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) anunciou a saída da fundista -alegando lesão- da equipe, sem detalhar o que aconteceu.
O treinador da corredora, Adauto Domingues, que também solicitou dispensa do grupo, informou que apresentaria o laudo médico.
Horas antes do embarque da delegação, o treinador-chefe do Brasil, Ricardo D'Angelo, afirmou que ainda não sabia precisar o que tinha acontecido com a recordista sul-americana dos 5.000 m e dos 10.000 m.
A seleção sofreu nova baixa com o velocista Carlos Roberto Pio de Moraes Junior, que pediu dispensa, dizendo ter ido mal nos Jogos Universitários de Shenzhen (China).
A medida que gerou a previsão acertada de desistências controversas foi o primeiro passo para a formação de um banco de dados que será a base para a elaboração dos passaportes biológicos.
O objetivo principal do documento não é detectar a presença de substâncias dopantes mas provar ilegalidades por meio de alterações anormais no perfil do sangue.


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