São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

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Luxemburgo visa topo após estiagem

Técnico, que liderou o Brasileiro pela última vez na 5ª rodada em 2006, diz que Palmeiras tem obrigação de vencer hoje

Ofuscado por Muricy após volta da Europa, técnico viu coadjuvantes como Caio Jr., Celso Roth e Cuca ganharem espaço dentro do torneio


Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O treinador Vanderlei Luxemburgo, que vê hoje, diante do Vasco, a chance de alcançar a liderança pela primeira vez do Nacional-08

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele se diz obcecado por títulos e vitórias. Mas não lidera uma rodada do Brasileiro há mais de duas temporadas.
A três pontos do líder Grêmio, que joga fora de casa contra o Atlético-PR, e com a vantagem de ter uma vitória a mais no caso de se igualar ao time gaúcho na pontuação, Vanderlei Luxemburgo tem hoje um cenário favorável na rodada.
E a chance de voltar a arrebatar o primeiro lugar do Nacional com o Palmeiras e pôr fim a essa seca surge às 18h10, contra o Vasco, no Parque Antarctica. Para isso, basta que o Grêmio perca seu compromisso no Sul.
De acordo com levantamento do Datafolha, a última vez que Luxemburgo figurou na cabeça da tabela foi em maio de 2006, pela quinta rodada da competição, quando tinha sob o seu comando o Santos.
A partir de então, o atual treinador palmeirense amarga 96 rodadas sem conseguir figurar no primeiro lugar, o que é um número expressivo para alguém que ostenta o recorde de cinco conquistas de Brasileiro por quatro clubes diferentes (Palmeiras, em 93 e 94, Corinthians, em 98, Cruzeiro, em 2003, e Santos, em 2004).
Ciente da ascensão do time na caça ao líder Grêmio neste segundo turno, Luxemburgo foi questionado pela Folha sobre o porquê de sua ausência no topo das rodadas do Brasileiro por tanto tempo. Ele, porém, preferiu minimizar o fato.
"Isso não tem nada a ver. O que interessa é chegar em primeiro lugar no final do campeonato. Liderar antes não quer dizer nada. Tenho que me preocupar em fazer o trabalho com a minha equipe", falou.
O fato é que, desde que voltou da Europa, Luxemburgo se viu ofuscado pelo rival Muricy Ramalho. O técnico são-paulino, que nesta temporada também não conseguiu liderar o Brasileiro em nenhum momento, sagrou-se bicampeão nacional em 2006 e 2007.
Hoje, Muricy Ramalho rivaliza as atenções da CBF com o próprio treinador palmeirense para a seleção brasileira, caso Dunga deixe a cadeira vaga.
No seu retorno ao Brasil em 2006, os títulos de Luxemburgo se limitaram às três últimas edições de Paulistas -sendo que dois foram com o Santos e o atual pelo Palmeiras.
Luxemburgo viu ainda treinadores de menor expressão abraçarem a primeira colocação, mesmo que por pouco tempo, nessa sua fase de estiagem na competição.
Em 2006, o predomínio foi quase que total de Muricy, com 28 rodadas na liderança, sobrando pouco espaço para PC Gusmão e Oswaldo de Oliveira.
No ano passado, com nova hegemonia de Muricy (primeiro em 22 jornadas), quem apareceu com destaque foi Cuca, pelo Botafogo.
Neste ano, as atenções ficaram divididas com técnicos ainda coadjuvantes na história dos Brasileiros. Caio Júnior deixou o Flamengo na ponta por dez rodadas. Celso Roth, do Grêmio, atual líder do Nacional, mantém a equipe gaúcha no topo há 12 jornadas.
Para Luxemburgo, no entanto, o equilíbrio do torneio deixa o campeonato indefinido. E ele evita falar em projeções.
"Se o Grêmio fizer a parte dele até o final do campeonato, vamos ter de bater palmas para o Celso Roth. Agora, temos obrigação de, na nossa casa, buscar a vitória contra o Vasco", comentou o técnico.


NA TV - Palmeiras x Vasco
Sportv (menos para SP, MG e DF), ao vivo, às 18h10



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