São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

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Mostra de Pelé supre a falta de raridades

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o acervo permanente do Museu do Futebol ainda é pobre em relíquias (há uma campanha de doações para ampliá-lo), a exposição que inaugura seu espaço para mostras temporárias está repleta delas.
"Marcas do Rei", homenagem ao jogador mais relevante da história do futebol brasileiro, Pelé, dá o pontapé inicial nas exposições que passarão periodicamente pelo museu paulistano. Todas, é claro, de alguma forma relacionadas ao esporte que lhe dá nome.
Montada com base em objetos colecionados pelo próprio ex-atleta, a mostra tem preciosidades como a bola com a qual Pelé marcou seu milésimo gol.
Conta ainda com objetos pessoais de valor inestimável para o Atleta do Século, como a caixa de engraxate com a qual ganhou seus primeiros trocados ("nem acreditei quando soube que minha mãe a havia guardado") e o rádio que relatou a seu pai a incrível derrota da seleção brasileira para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã.
Ao mesmo tempo em que abre as portas, o Museu do Futebol tenta equacionar seu maior paradoxo: a impossibilidade de funcionar normalmente em dias de jogos por recomendação dos organismos de segurança pública e preservação do patrimônio municipal.
"A gente acha que é possível e ainda está discutindo isso. Acredito numa abertura pelo menos parcial, ainda que seja um teste. Em todos os lugares do mundo o acesso do público a esse tipo de museu é livre", afirma Hugo Barreto, da Fundação Roberto Marinho.
Não foi a única alteração nos planos do museu: sua fachada, inteiramente em vidro, foi protegida por portões de ferro para evitar eventuais depredações de torcedores enfurecidos. (AD)


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