|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mostra de Pelé supre a falta de raridades
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o acervo permanente do
Museu do Futebol ainda é pobre em relíquias (há uma campanha de doações para ampliá-lo), a exposição que inaugura
seu espaço para mostras temporárias está repleta delas.
"Marcas do Rei", homenagem ao jogador mais relevante
da história do futebol brasileiro, Pelé, dá o pontapé inicial
nas exposições que passarão
periodicamente pelo museu
paulistano. Todas, é claro, de
alguma forma relacionadas ao
esporte que lhe dá nome.
Montada com base em objetos colecionados pelo próprio
ex-atleta, a mostra tem preciosidades como a bola com a qual
Pelé marcou seu milésimo gol.
Conta ainda com objetos
pessoais de valor inestimável
para o Atleta do Século, como a
caixa de engraxate com a qual
ganhou seus primeiros trocados ("nem acreditei quando
soube que minha mãe a havia
guardado") e o rádio que relatou a seu pai a incrível derrota
da seleção brasileira para o
Uruguai na final da Copa do
Mundo de 1950, no Maracanã.
Ao mesmo tempo em que
abre as portas, o Museu do Futebol tenta equacionar seu
maior paradoxo: a impossibilidade de funcionar normalmente em dias de jogos por recomendação dos organismos de
segurança pública e preservação do patrimônio municipal.
"A gente acha que é possível e
ainda está discutindo isso.
Acredito numa abertura pelo
menos parcial, ainda que seja
um teste. Em todos os lugares
do mundo o acesso do público a
esse tipo de museu é livre", afirma Hugo Barreto, da Fundação
Roberto Marinho.
Não foi a única alteração nos
planos do museu: sua fachada,
inteiramente em vidro, foi protegida por portões de ferro para
evitar eventuais depredações
de torcedores enfurecidos.
(AD)
Texto Anterior: Futebol ganha museu sem relíquias Próximo Texto: Juca Kfouri: Quanta inteligência! Índice
|