São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 2002

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Time do Morumbi completa série de cinco vitórias seguidas no Brasileiro ao derrotar o Guarani

São Paulo "esquece" Kaká, vence e segue na ponta

Fernando Platus/Futura Press
O meia Ricardinho (10) comemora o primeiro gol do São Paulo ontem e o seu terceiro desde que chegou ao clube do Morumbi


DA REPORTAGEM LOCAL

Faltou a habilidade de Kaká e a combatividade de Maldonado. Mesmo assim, sem lances vistosos e pressionado pelo adversário, o São Paulo bateu o Guarani por 2 a 1, ontem, em Campinas, e segue na liderança do Brasileiro-2002.
O clube do Morumbi chegou aos 37 pontos, dois a mais do que o São Caetano, vice-líder.
De quebra, os são-paulinos obtiveram a sua quinta vitória seguida no Nacional. A equipe não alcançava série semelhante desde 1999, quando era comandada pelo técnico Paulo César Carpegiani.
Já o Guarani estacionou nos 28 pontos e ocupa a sétima posição. O time do técnico Jair Picerni deixou o gramado reclamando da arbitragem. Os campineiros protestaram contra a marcação de um pênalti duvidoso para o São Paulo, além de outro que não teria sido dado a seu favor.
A equipe do interior já reclamara da arbitragem em outros confrontos diante de grandes da capital. Isso ocorrera perante o Corinthians e o Palmeiras.
Além de manter o time de Oswaldo de Oliveira na ponta da tabela, a vitória de ontem consolidou a estabilidade que o clube tanto procurou no Nacional.
Antes de engatar a sequência de cinco triunfos, a equipe do Morumbi alternava bons e maus resultados. A instabilidade fez até com que o São Paulo chegasse a ocupar a nona colocação, fora da zona de classificação do torneio.
Mas os são-paulinos engrenaram, apesar de continuarem sofrendo com os desfalques causados por suspensões e contusões.
Oliveira não conseguiu nunca repetir a mesma escalação em duas partidas seguidas. Mesmo assim, emplacou a série de vitórias diante de Flamengo, Coritiba, Figueirense, Santos e Guarani. Além disso, o time do São Paulo está invicto há sete jogos.
Outro motivo de orgulho para o técnico são-paulino é o desempenho de seu ataque, que segue como o melhor da competição. Agora são 40 gols em 20 apresentações -média de dois por jogo.
Ontem, as ausências mais sentidas foram as de Kaká, responsável pelas principais jogadas ofensivas do time no últimos jogos, e Maldonado, um dos mais eficientes da equipe nos desarmes.
Com ambos suspensos, o São Paulo foi pressionado durante quase todo o segundo tempo. Terminou o jogo com dez finalizações, quatro a menos que o rival, segundo o Datafolha. Os são-paulinos cometeram mais faltas para conter os rivais: 27 contra 22.
Os times começaram a partida sem se livrar da marcação, por isso trocavam passes laterais e para trás. O jogo se arrastava sem empolgar, até o São Paulo abrir o placar, aos 25min. O meia Ricardinho pegou rebote, pela esquerda, e chutou forte para marcar.
Após o gol, o Guarani tentou reagir com rapidez, mas levou outro baque aos 38min, quando o juiz Luís Marcelo Cansian marcou pênalti de Martinez em Luis Fabiano. Um minuto depois, Luis Fabiano cobrou no canto direito de Edervan e ampliou para 2 a 0.
Aos 41min, após cobrança de falta, o meia Júnior tocou de cabeça para Martinez, que completou a jogada de perna esquerda e diminuiu a diferença no placar.
Dois minutos depois, o zagueiro Jean e o atacante Léo se desentenderam e foram expulsos.
Recuado, o São Paulo deu espaço para o Guarani trocar passes na etapa final. Contudo a equipe de Campinas seguiu com dificuldade para entrar na área adversária com a bola dominada.
Mesmo assim, o time da casa esteve perto de chegar ao empate. Rogério impediu que isso acontecesse com três difíceis defesas.



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