São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 2002

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Amazonense troca peixes por treinos

DA REPORTAGEM LOCAL

A ex-vendedora de peixes Maria Luciane Oliveira Ferreira quer aproveitar o Mundial para divulgar a cultura de seu Estado.
Após uma de suas lutas no Brasileiro, como comemoração, a amazonense reproduziu a coreografia que utiliza no tradicional desfile folclórico que acontece no mês de julho na ilha de Parintins.
Ela pretende repetir o gesto depois de suas vitórias na Turquia.
""Gosto de mostrar a cultura do Amazonas, quero dançar [coreografias típicas" depois das vitórias. Mas o importante mesmo é fazer uma boa apresentação e ficar com o primeiro lugar, logicamente", afirma a pugilista.
Após receber o apoio de empresas da Zona Franca de Manaus, Maria, que é descendente de índios, pôde abandonar a atividade de vendedora de peixes para se dedicar apenas aos treinamentos.
A leve Ana Paula Lúcio Santos tem como motivação a possibilidade de se tornar profissional.
Seu empresário, Arnaldo Pereira, considera que uma boa campanha no Mundial possa valorizar a lutadora. ""Já recebi propostas para passá-la a profissional, mas resolvi esperar. Alguma coisa boa pode acontecer neste Mundial."
A diretora do departamento de boxe profissional da CBB, Maria Aparecida de Oliveira, 45, prefere adotar posição mais cautelosa.
""Não estou indo para o Campeonato Mundial com a pretensão de voltar com medalhas. Nosso objetivo principal é medir o nível do boxe feminino nos outros países, matar a curiosidade. Mas, como o boxe feminino está engatinhando ainda, quem sabe...", diz Oliveira, cujo cargo foi criado no final do ano passado. ""Com base no conhecimento adquirido, faremos um trabalho para daqui a dois anos", conclui. (EO)


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