CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Daiane dos Santos e Laís Souza iniciam hoje em Stuttgart (ALE), que abriga até domingo a 7ª etapa da Copa do Mundo de ginástica artística, a luta para defender seus reinados e ajudar a consolidar a supremacia do Brasil no torneio.
Para deixar o país na liderança da Copa, evento da federação internacional que mais rendeu pódios às brasileiras -foram 31 ao todo-, Daiane e Laís terão que se desdobrar, já que, além de tirar a desvantagem de uma medalha a favor da China (12 a 11), o rival atua com uma atleta a mais.
Ao mesmo tempo em que tenta deixar sua pátria no topo, Daiane volta ao tablado do ginásio Schleyer, onde já obteve três medalhas, para defender uma invencibilidade de dez meses, iniciada na finalíssima da Copa, em Birmingham.
Mas, apesar de favorita, sua tarefa não será fácil. Diferentemente de sua última etapa da Copa, em São Paulo, quando enfrentou dez rivais para obter o ouro, terá pela frente 28 adversárias, entre elas a romena Catalina Ponor, que busca roubar-lhe o primeiro lugar no ranking mundial -está 19,6 pontos atrás da atleta gaúcha.
"Vou aproveitar para analisar as meninas das outras seleções. O evento será uma ótima preparação para o Mundial", diz a campeã mundial, que afirma estar se submetendo a uma sessão diária de fisioterapia para evitar lesões.
Além do solo, Daiane irá competir nas paralelas assimétricas, aparelho que já lhe rendeu um bronze em Stuttgart em 2004.
Laís, que obteve um terceiro lugar no salto e no individual geral no Pré-Pan do Rio, luta para se manter como a atleta que mais foi ao pódio no atual ciclo da Copa do Mundo (2005/2006). Hoje, ela ostenta seis medalhas -média de uma por etapa-, cinco delas conquistadas em solo europeu.
Recém-recuperada de uma lesão no tornozelo, a atleta paulista atuará nos quatro aparelhos (solo, salto, trave e paralelas), visando se preparar para o individual geral do Mundial de Melbourne (AUS), que ocorrerá de 21 a 28 de novembro. "A gente vai poder sentir como está o ritmo dos outros países e o nosso para o Mundial", disse.
Ao contrário de Daiane, Laís não terá em seu encalço a norte-americana Alicia Sacramone, que dominou o salto e solo no Pré-Pan do Rio e é a ginasta que mais ouros conquistou nas seis etapas anteriores da Copa.
"A idéia é que elas consigam um bom ritmo de competição", afirma Eliane Martins, supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica, que investiu cerca R$ 15 mil para a etapa em Stuttgart, cujas finais serão realizadas amanhã e no domingo.


Texto Anterior: Recuperação vai levar um mês, dizem médicos
Próximo Texto: "País Tropical" muda, e Daiane pede série antiga
Índice