São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 2008

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VÔLEI

As regras e a decisão


A final em um confronto, como ocorre na Superliga, prepara os jogadores para torneios, como a Olimpíada

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

NO VÔLEI, o assunto da semana foi o anúncio de que a Superliga terá o mesmo formato do ano passado. No torneio, que começa dia 29, as equipes serão divididas em dois grupos, haverá a disputa de quatro minitorneios e a final será decidida em apenas uma partida.
A discussão é a seguinte: é justo que, em apenas um jogo, seja definido o campeão? Antes desse formato, a final era em cinco partidas. Eu gosto da fórmula atual. A decisão em um confronto prepara os atletas para grandes torneios como Olimpíada e Mundial, nos quais a decisão também é em um jogo.
No Campeonato Paulista, Osasco e Pinheiros iniciam amanhã a decisão do título. A disputa será em uma série de três jogos. O Osasco é o favorito. O time, das campeãs olímpicas Paula Pequeno, Thaísa, Sassá e Carol, eliminou nas semifinais o São Caetano, de Fofão, Sheila e Mari.
A novidade do Osasco neste ano é a mudança de posição de Natália: de ponteira para oposta. A jogadora, com uma potência no ataque superior até à que tinha Ana Moser, não precisa mais se preocupar com o passe, fundamento em que era irregular. Agora, está livre para atacar.
Resultado: nos dois confrontos contra o São Caetano, ela foi a maior pontuadora do jogo. Uma mudança acertada e que só foi possível após a contratação da ponteira Sassá. Com ela, Paula Pequeno e a líbero Camila, o passe do time ficou mais eficiente.
O que dá para lamentar é que Lia, oposta e maior pontuadora da última Superliga pelo Brusque, agora seja reserva de Natália no Osasco.
Lia, uma canhota com condições de brigar por uma posição na seleção brasileira, deveria estar em uma equipe para jogar como titular.
O Pinheiros tem jogadoras experientes como a central Ângela Moraes e a líbero Arlene, mas também tem algumas da nova geração como as atacantes Fernanda Garay e Tandara. A maior novidade está no banco: o técnico Paulo Coco, auxiliar de Zé Roberto Guimarães na seleção.
No masculino, o título ficou com o Ulbra/Suzano, de Roberto Minuzzi, que venceu o Minas/Pinheiros, de André Nascimento e André Heller.

SAMUEL
Samuel, da seleção brasileira, só vai poder defender a Ulbra/Suzano na Superliga no fim de janeiro ou início de fevereiro. Ele operou o ombro direito e vai ficar na tipóia até novembro. Na temporada passada, Samuel jogou na Rússia.

SINAL DE ALERTA
Primeiro foi a seleção juvenil masculina brasileira que perdeu a final do Sul-Americano para a Argentina. Agora, a história se repetiu no Sul-Americano masculino infanto-juvenil. Foi a primeira vez que o Brasil perdeu um título continental nessa categoria. Duas situações que preocupam: as novas gerações estão perdendo para os argentinos.

cidasan@uol.com.br


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