São Paulo, quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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Com ataque em baixa, São Paulo preserva base

Treinador prefere Borges e Washington a novatos

MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O criticado ataque do São Paulo será o mesmo até o encerramento do Brasileiro. O técnico Ricardo Gomes afirmou ontem que vai insistir com o rodízio entre Borges e Washington, com um deles sempre atuando ao lado de Dagoberto.
Na diretoria são-paulina há uma ala que defende a escalação dos jovens Henrique, 18, e Mazola, 20, que treinam entre os profissionais e ainda não jogaram na competição.
Mas nem o técnico das divisões de base do clube, Marcos Vizoli, recomenda que seus ex-pupilos entrem em campo nas rodadas finais do Nacional.
"Eu acho que, se eles ainda não entraram de vez no time, é porque ainda não têm condições", afirmou Vizoli. "Jogar na base é diferente, você enfrenta adversários da mesma idade, com a mesma força e qualidade muitas vezes inferior."
Para o treinador, os dois deveriam ser aproveitados se o São Paulo estivesse em uma situação "mais confortável" na competição: "Se o time já tivesse garantido o título ou não brigasse mais por Libertadores e não corresse risco de cair".
Da base tricolor, os únicos que têm sido aproveitados são o volante Wellington e o meia Oscar, ainda assim, raramente.
O São Paulo, na busca pelo quarto título seguido, tem o pior ataque entre os dez primeiros colocados do Brasileiro -40 gols em 30 jogos. Washington é o goleador do time, com nove, seguido de Borges e Dagoberto, com seis cada um.
É consenso que os dois primeiros deixarão o clube no fim do campeonato, assim como o meia Hugo, que às vezes atua improvisado no ataque.
"Já tenho consultas pelo Washington, mas ainda estou esperando o São Paulo nos procurar", disse Gilmar Rinaldi, agente do atacante. Evandro Ferreira, empresário de Hugo, também disse que espera ser procurado pela diretoria tricolor antes do fim do ano.
A saída de Borges também é iminente. Ele pretende jogar na Europa, mas o Corinthians está interessado em contratá-lo.
Até lá, continua o rodízio no São Paulo. "Você dá uma sequência. Se o aproveitamento não vem, você muda", comentou Ricardo Gomes. "O momento é decisivo, e a experiência pesa." Para Vizoli, é melhor assim. "É um risco colocar os garotos agora. No ano que vem, eles vão mostrar trabalho."


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