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Com ataque em baixa, São Paulo preserva base
Treinador prefere Borges e Washington a novatos
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O criticado ataque do São
Paulo será o mesmo até o encerramento do Brasileiro. O
técnico Ricardo Gomes afirmou ontem que vai insistir com
o rodízio entre Borges e Washington, com um deles sempre
atuando ao lado de Dagoberto.
Na diretoria são-paulina há
uma ala que defende a escalação dos jovens Henrique, 18, e
Mazola, 20, que treinam entre
os profissionais e ainda não jogaram na competição.
Mas nem o técnico das divisões de base do clube, Marcos
Vizoli, recomenda que seus ex-pupilos entrem em campo nas
rodadas finais do Nacional.
"Eu acho que, se eles ainda
não entraram de vez no time, é
porque ainda não têm condições", afirmou Vizoli. "Jogar na
base é diferente, você enfrenta
adversários da mesma idade,
com a mesma força e qualidade
muitas vezes inferior."
Para o treinador, os dois deveriam ser aproveitados se o
São Paulo estivesse em uma situação "mais confortável" na
competição: "Se o time já tivesse garantido o título ou não brigasse mais por Libertadores e
não corresse risco de cair".
Da base tricolor, os únicos
que têm sido aproveitados são o
volante Wellington e o meia
Oscar, ainda assim, raramente.
O São Paulo, na busca pelo
quarto título seguido, tem o
pior ataque entre os dez primeiros colocados do Brasileiro
-40 gols em 30 jogos. Washington é o goleador do time,
com nove, seguido de Borges e
Dagoberto, com seis cada um.
É consenso que os dois primeiros deixarão o clube no fim
do campeonato, assim como o
meia Hugo, que às vezes atua
improvisado no ataque.
"Já tenho consultas pelo
Washington, mas ainda estou
esperando o São Paulo nos procurar", disse Gilmar Rinaldi,
agente do atacante. Evandro
Ferreira, empresário de Hugo,
também disse que espera ser
procurado pela diretoria tricolor antes do fim do ano.
A saída de Borges também é
iminente. Ele pretende jogar na
Europa, mas o Corinthians está
interessado em contratá-lo.
Até lá, continua o rodízio no
São Paulo. "Você dá uma sequência. Se o aproveitamento
não vem, você muda", comentou Ricardo Gomes. "O momento é decisivo, e a experiência pesa." Para Vizoli, é melhor
assim. "É um risco colocar os
garotos agora. No ano que vem,
eles vão mostrar trabalho."
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