|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Arquiteto lamenta correria e defende pista
DA ENVIADA A YEONGAM
"Pai" do circuito de Yeongam, o alemão Hermann Tilke caminhava ontem pelo
paddock inspecionando os
últimos detalhes de seu mais
recente projeto.
Arquiteto responsável pelos traçados que estrearam
na F-1 desde 1999, como Malásia, China, Bahrein, Turquia e Abu Dhabi, Tilke disse
que fica nervoso antes da estreia de um de seus "filhos".
"Fico preocupado com o
que os pilotos vão achar e
mentiria se dissesse que consigo ficar tranquilo mesmo
que digam que ficou uma
merda", afirmou à Folha.
"Acho que a pista em si vai
ser espetacular, há muitas
oportunidades para ultrapassagens, retas longas."
Mas Tilke disse estar triste
com a correria para concluir
o autódromo, pois o projeto
original está muito longe do
que será visto pelo mundo.
"Falta atmosfera. Minha
ideia era que a pista fosse
metade permanente e metade na cidade. O problema é
que a cidade não existe. Deveria haver restaurantes, estacionamentos, vida aqui."
Mas não é o que se vê por
enquanto. A organização da
prova estima que, no ano que
vem, a construção desta cidade tenha início e que, em
2013, ela estará pronta.
Tilke disse que, apesar de
sua empresa não ter nenhuma responsabilidade pelos
atrasos nas obras, isso ocasionou uma grande correria.
"Foi tudo muito apertado", explicou ele, que não espera grandes problemas com
o asfalto recém-colocado.
"Certamente a pista estará
muito escorregadia, sem
aderência, e isso vai mudar
conforme o fim de semana.
Os tempos de volta serão
muito diferentes de sexta para domingo, mas não imagino que o asfalto vá rachar ou
se soltar", declarou Tilke.
"Fico triste em ver que tudo foi feito às pressas e que,
domingo, durante a corrida,
os carros estarão correndo
em uma obra inacabada. Mas
quem sabe daqui a uns dois
ou três anos as coisas não serão diferentes?"
(TC)
Texto Anterior: Di Grassi utilizará o chassi reserva Próximo Texto: Flagrado, Bousquet culpa hemorroidas Índice | Comunicar Erros
|