São Paulo, quarta-feira, 21 de novembro de 2007

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RÉGIS ANDAKU

O de hoje e o de ontem


Quando alguém duvida e contesta Federer, o suíço se impõe; Borg, Federer de outrora, joga em São Paulo


D ERROTADO PELO chileno Fernando Gonzalez, Roger Federer parecia frágil. Um tropeço diante do russo Nikolay Davydenko, simples, e o suíço já iria embora do Masters. O russo, acuado pelas suspeitas de que arranja resultado de jogo, tem se esforçado para não deixar dúvida. Davydenko se esforçou. E o resultado? Federer atropelou, sem piscar.
Andy Roddick vinha embalado. Com uma vitória em 14 jogos, tinha boa chance de bater no número um. Confiança não lhe faltava. Resultado: Federer fez o que quis. Rafael Nadal, então, veio. Tido como o canhoto que sabe bater Federer, tinha motivo para jogar como nunca: buscar a primeira final do Masters. Mas Nadal voltou a ser menino. Parecia estreante diante de um tenista completo, física, técnica e psicologicamente. Faltou pouco para Federer lhe aplicar um pneu. Foi feio.
Na final, David Ferrer, habilidoso, em seu melhor momento, vitórias sobre Novak Djokovic, Richard Gasquet, Nadal e Roddick. Embalado, confiante, o homem a carimbar a faixa de Federer. Resultado? Federer, incontestável, sem risco, rápido. Cada vez que se contesta a supremacia de Federer, que se coloca uma ponta de dúvida, o suíço reafirma sua autoridade. Hoje (e ainda) é Federer e, bem, bem depois, os outros.

Imperdível
Há alguns bons anos, era Bjorn Borg o tenista tão acima dos outros, como Federer, em estilo, carisma, técnica e resultados. Diferentemente de Federer, parou cedo, foi buscar outras coisas na vida. Isso lhe rendeu muitas alegrias ("Não me arrependo de nada", disse, em bela entrevista a Dacio Campos no Sportv), mas tirou-lhe a chance de atingir marcas ainda mais impressionantes. A partir de amanhã, Borg disputa no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, mais uma etapa do circuito de veteranos. Joga contra o argentino Guillermo Vilas, reeditando um clássico do tênis, Fernando Meligeni e Mats Wilander.
Programa imperdível, com Borg e outros gênios destilando seus melhores golpes para uma platéia seleta. Informações em www.grandchampions.com.br. Não perca.

MASTERS DE DUPLAS
Daniel Nestor e Mark Knowles encerraram parceria com o título do Masters. Os campeões de 2007, porém, foram Bob e Mike Bryan.

COPA PETROBRAS
Marcos Daniel foi vice em Buenos Aires. O Masters, com os melhores das cinco etapas, será mês que vem.

FUTURE DE PORTO ALEGRE
Ricardo Hocevar bateu Marcelo Demoliner na decisão. Nesta semana, tem o Future de Campinas.

SIMPÓSIO INTERNACIONAL
O Paineiras (SP) recebe o maior encontro de treinadores da América Latina, de amanhã a sábado.

reandaku@uol.com.br


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