São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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invencível?

Por taça, São Paulo encara seus limites

Se não perder nas três últimas rodadas, clube paulista igualará recordes de invencibilidade no Campeonato Brasileiro

Invicto há 15 jogos, time que encara o Vasco domingo em São Januário pode cravar a maior série sem ser batido na era dos pontos corridos


RODRIGO BUENO
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A corrida pelo hexa são-paulino pode levar o time do Morumbi a estabelecer marcas históricas para o clube e para o próprio Brasileiro. Se a atual série de 15 partidas sem derrota no Nacional for estendida até a última rodada da competição, três recordes de invencibilidade serão quebrados este ano.
Caso não perca diante do Vasco, o São Paulo já igualará sua maior seqüência de jogos sem derrotas na era dos pontos corridos. No ano passado, a equipe sucumbiu após longo período invicto ao perder para o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã e encerrou a série de 16 partidas que a equipe de Rogério Ceni sustentava no torneio.
Depois do duelo em São Januário, o time de Muricy Ramalho pega o Fluminense, no Morumbi, e o Goiás, fora de casa. Caso não perca do Vasco e do Flu, o São Paulo igualará a maior série sem derrotas da história do clube em Nacionais. Em 1973 o time teve seqüência de 17 partidas sem perder.
Para Muricy, o histórico de derrotas escassas é uma marca da sua gestão. "O São Paulo perde poucos jogos. Num torneio de três pontos isso faz muita diferença", disse o técnico.
Na última rodada, possivelmente em um campo neutro, o São Paulo poderá igualar o recorde do Atlético-PR, que em 2004 cravou a maior série invicta da era dos pontos corridos: 18 partidas.
Neste segundo turno, o São Paulo foi batido apenas uma vez, quando teve o confronto direto com o Grêmio no estádio Olímpico (0 a 1). Os gremistas e os botafoguenses chegaram a ficar neste Nacional 11 jogos sem perder, mas o São Paulo, com 10 vitórias e 5 empates, já superou com sobras a marca.
Com sua campanha de recuperação, é bem possível que o São Paulo seja o campeão simbólico do segundo turno mesmo que não acabe no final com o título. O time do Morumbi somou 35 pontos no returno, três a mais que o Flamengo, que perde em vitórias e saldo de gols para o candidato a tri genuíno do Brasileiro.
Nesta atual série são-paulina sem derrotas, a equipe anotou 29 gols e foi vazada 12 vezes. Todos os outros quatro postulantes ao título deste ano sofreram nesse período derrotas por três gols de diferença.
Após a derrota para o Grêmio no returno, o São Paulo conseguiu um aproveitamento de 77,7% dos pontos disputados. Acumulou dez pontos a mais que o atual vice-líder na segunda metade do campeonato.
O São Paulo contraria neste ano a tese de que empatar muito num campeonato de pontos corridos é algo desastroso. Isso porque a equipe, apesar das 11 igualdades, é a que menos perdeu. São só cinco derrotas, duas a menos que o Grêmio, o segundo colocado hoje na tabela.
Em 2006, o São Paulo foi campeão com só quatro derrotas. No ano passado, conseguiu o bi com sete insucessos. Caso não perca mais neste ano, pode ser tricampeão genuíno inédito tendo perdido só 16 de 114 partidas (14% das partidas). ""Ninguém é imbatível", disse Renato Gaúcho, técnico vascaíno.
Já sobre a partida entre Goiás e São Paulo, pela última rodada do Brasileiro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva vetou ontem o Serra Dourada como local do jogo.
O Goiás foi punido com perda de três mandos em função dos incidentes ocorridos no duelo contra o Cruzeiro. A diretoria do clube goiano entrou com um recurso para tentar anular ou diminuir a pena. O São Paulo sugeriu que a partida seja disputada em Brasília.


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