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Apoio à saída do dirigente da CBF é maior entre as pessoas que têm muito interesse por futebol
38% querem Teixeira fora; 30% pedem novo mandato
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa Datafolha, em que foram entrevistadas 14.559 pessoas
em 365 municípios de todas as
unidades da federação, indica que
38% da população acha que Ricardo Teixeira não deveria ganhar um novo mandato como
presidente da CBF, enquanto 30%
defende que o dirigente continue.
A popularidade de Teixeira é
menor entre os entrevistados que
disseram ter muito interesse por
futebol. Nesse grupo, 58% das
pessoas se mostraram contrárias
a um novo mandato para o dirigente. Trinta e quatro por cento
responderam que são favoráveis a
uma possível reeleição de Teixeira, que preside a Confederação
Brasileira de Futebol desde 1989.
Oito por cento não souberam ou
não quiseram responder.
A margem de erro do levantamento, que foi realizado entre os
dias 9 e 11 de dezembro, é de dois
pontos percentuais.
No ano passado, dias antes de a
CPI do Futebol no Senado divulgar seu relatório, que pediria o indiciamento do ex-genro de João
Havelange por crimes como o de
lavagem de dinheiro e evasão de
divisas, 32% dos entrevistados pelo Datafolha pediam sua renúncia, 30% eram favoráveis ao afastamento enquanto as denúncias
fossem investigadas, e 14% defendiam sua permanência no cargo.
Na ocasião, 51% diziam acreditar no envolvimento de Teixeira
em casos de corrupção, sendo que
apenas 8% o consideravam inocente. Houve ainda 41% que não
souberam opinar.
A pesquisa realizada neste mês
mostra que, além dos que têm
muito interesse por futebol, a popularidade do presidente da confederação cai quando aumenta a
escolaridade ou a renda familiar
mensal do entrevistado.
Entre os que têm até o primeiro
grau, 33% defenderam a permanência de Teixeira, 28% foram
contra, e 39% não responderam.
Entre os que têm até o segundo
grau, 28% foram pela permanência, e 49%, contra.
Já entre aqueles que têm nível
superior, a disparidade aumenta.
Sessenta e três por cento disseram
que ele não deveria ganhar um
novo mandato, enquanto apenas
15% são favoráveis à reeleição.
O grupo que ganha até cinco salários mínimos por mês está dividido. Trinta e dois por cento defenderam Teixeira; 33%, não.
Mas o grupo que ganha mais de
dez mínimos por mês não apresenta a mesma divisão. A maioria
-65%- quer a saída do presidente no ano que vem, contra
apenas 17% que se mostra favorável a um novo mandato.
As maiores taxas dos que dizem
que Ricardo Teixeira deve permanecer na presidência da CBF aparecem entre os mais jovens -16 a
24 anos- e os que moram nas regiões Norte ou Centro-Oeste.
Nesses grupos, 39% querem um
novo mandato para o dirigente.
Aparecem também entre os
cearenses e os moradores de Fortaleza -a primeira partida do
Brasil depois da conquista do
pentacampeonato obtido no Japão foi realizada na cidade.
Já entre os que preferem que o
atual presidente da CBF deixe o
cargo destacam-se os homens
-52%- e os residentes em Santa Catarina -45%.
Também entre eles estão os torcedores do Botafogo -66%. O
clube carioca foi um dos quatro
rebaixados para a Série B do Campeonato Brasileiro de 2003.
Os torcedores do Vasco, time
presidido por Eurico Miranda, foram os que apresentaram a maior
taxa -38%- dos que defendem
mais um mandato para o dirigente à frente da confederação.
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