São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2004 |
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Nike quer seleção até 2016, e CBF pede mais dinheiro
Empresa aposta em Copa no Brasil e em Diego e Robinho para renovar contrato por dez anos JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO ENVIADO ESPECIAL A MADRI A polêmica sobre a final da Copa de 1998 já passou, a CPI na Câmara também faz parte do passado, e a Nike já pensa em mais dez anos de contrato com a CBF. Segundo executivos da empresa que participaram de evento de lançamento da nova chuteira da firma na Espanha, os primeiros contatos com a Confederação Brasileira de Futebol para a renovação já começaram a ser feitos. Iniciada em 1996, a parceria entre a multinacional e a seleção tinha duração prevista de dez anos. "Mas a prioridade para renovar o contrato é nossa", afirmou Henry Molina, diretor de comunicações da empresa para as Américas. A Folha apurou que, a princípio, a Nike tinha intenção de renovar o acordo por mais quatro anos -até 2010, quando a Copa será na África-, pagando US$ 43 milhões à CBF. Mas a confederação quer mais dinheiro, especialmente após o penta obtido na Ásia, e a própria Nike já mudou de postura. Como há grandes chances de a Copa de 2014 ser no Brasil e a multinacional faz questão de ser a fornecedora de material da seleção quando estiver atuando em casa -acha que poderá fazer grandes jogadas de marketing durante o evento-, ela não pensa mais em apenas quatro anos. Decidiu tentar renovar o contrato por mais dez anos -até 2016, embora não comente sobre os valores envolvidos na negociação. Até porque as conversas ainda estão em estágio inicial. Pelos dez primeiros anos de contrato, a Nike ficou de dar à CBF US$ 170 milhões, além do fornecimento de material esportivo e do pagamento de parte das despesas com transporte e hospedagem. Dos US$ 170 milhões, US$ 10 milhões foram para a Umbro, cujo contrato com a CBF foi rompido para a entrada da Nike. Mas, em abril de 2000, as duas partes fizeram alteração de contrato, já que a CBF reconheceu que a seleção dificilmente conseguiria fazer 50 jogos programados para a Nike até 2006. Para cada jogo da multinacional previsto no acordo que não for realizado, a CBF deixa de ganhar US$ 500 mil. De acordo com Charlie Brooks, gerente de comunicação da Nike para futebol, a empresa pretende fazer forte investimento nos produtos da modalidade nos mercados europeu, americano e asiático. "A seleção brasileira é o grande chamariz para o futebol, é como o "Dream Team" para o basquete, não existe melhor propaganda", comentou Brooks. No evento que realizou na Espanha, 70% do filme da atuação da Nike no futebol foi dedicado à seleção, especialmente a Diego e Robinho, ambos contratados pela empresa e apresentados como o futuro do futebol mundial. "O que hoje falam de Ronaldo e Roberto Carlos, amanhã vão estar falando de Diego e Robinho. São craques, carismáticos e vão estourar até a Copa de 2010", disse Bob Coombes, diretor mundial de calçados de futebol da Nike. O jornalista João Carlos Assumpção viajou a convite da Nike Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Itens polêmicos de contrato serão suprimidos Índice |
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