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Itens polêmicos de contrato serão suprimidos
DO ENVIADO A MADRI
Alguns dos itens polêmicos do
acordo assinado com a CBF em
1996 e que foram alvos de investigação de CPI na Câmara devem
ser retirados de um possível futuro contrato entre as duas partes.
Um deles é o que tirava autonomia da confederação sobre o controle do time de futebol. Pelo item
8.4 do acordo, a Nike poderia escolher o adversário do Brasil em
50 amistosos ao longo dos dez
anos de parceria.
A CBF não teria poder de escolha sobre os rivais, mas apenas sobre a data dos jogos. Ainda de
acordo com o contrato, estava determinado que, nos jogos organizados pela Nike, deveriam estar
presentes oito titulares.
Executivos da empresa consultados pela Folha insistem que a
exigência dos oito titulares não
passava de algo ""pró-forma", já
que quem define os convocados e
quem é ou não titular é o técnico,
não a Nike. Justamente por isso,
não vêem sentido em manter esta
cláusula ou outra parecida caso as
duas partes decidam pela renovação do contrato.
Outro ponto que já foi modificado do acordo inicial e que não
seria mantido é o que diz respeito
aos amistosos da Nike. Segundo a
empresa, quando assinou o contrato de 1996, o Brasil era campeão mundial, não tinha que disputar as eliminatórias da Copa da
França e tinha mais datas disponíveis para disputar amistosos
-deveriam ser 50 até 2006.
Mas como agora nem o campeão mundial está livre das eliminatórias -e na América do Sul o
sistema passou a ser de todos contra todos, com 18 jogos para cada
seleção-, a própria Nike reconhece que os 50 amistosos ficaram completamente inviáveis.
Em caso de renovação, o que a
empresa pretende é definir um
número mínimo de comerciais
por ano para a seleção fazer, a fim
de vinculá-los não só no país, mas
também no exterior.
Neste ano, por causa da Copa
América, que acontece em julho
no Peru, e da Eurocopa, que será
em Portugal no mês de junho, a
Nike prepara uma série de campanhas publicitárias aproveitando a imagem da seleção brasileira
e da portuguesa, também patrocinada pela multinacional.
Quer lançar novos produtos ligados ao futebol -além da chuteira, que chegará ao mercado em
abril, deve lançar nova bola, camisetas e caneleira.
(JCA)
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