São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Para empresários, apoio é mais difícil de se obter para mulheres

DE SÃO PAULO

A cearense Silvana Lima, 26, e a catarinense Jacqueline Silva, 31, são as únicas surfistas brasileiras na elite mundial do esporte em 2011.
E, apesar de ambas terem sido vice-campeãs do WCT há poucos anos, é em Bruna Schmitz que empresários do meio veem um futuro melhor para o surfe feminino.
"O surfista sempre foi um produto vendável. Mas as meninas nunca aproveitaram bem. Nos anos 80 e 90, havia muito preconceito", diz Bira Schauffert, empresário e técnico de Jacqueline Silva nos últimos 20 anos.
"Mas a geração da Bruninha está mudando isso. São várias meninas modelinhos, gatas, que cuidam do cabelo, das unhas, vestem-se bem."
Em 2011, Jacqueline embarca para o início de mais uma temporada na Austrália e, pelo terceiro ano, não conta com nenhum patrocínio.
No ano passado, a catarinense conseguiu apenas apoio do governo estadual. Neste ano, ainda aguarda.
Schauffert, que organiza campeonatos de surfe no Brasil, calcula que são necessários cerca de R$ 120 mil para competir na elite durante um ano, viajando sozinha.
Bruna e Silvana, por exemplo, contam respectivamente com a Roxy e a Billabong para bancar o ano de treinos e competições ao redor do mundo. Jacqueline teve por 14 anos o patrocínio da Rip Curl, mas o perdeu há três.
O recurso das surfistas é guardar os prêmios das competições. Bruna, a mais jovem das três, conquistou R$ 80 mil em cinco anos.
A geração é liderada pela australiana tetracampeã mundial Stephanie Gilmore, 23, que impulsiona com títulos e beleza o marketing das mulheres, como já faz o tênis.
"As meninas ainda estão muito longe do marketing do surfe masculino", afirma o agente Rodrigo Tusca, que cuida há dez anos da carreira de Bruna Schmitz. (MM)


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