DA REDAÇÃO

Atenas marcará a estréia de Jacques Rogge no comando de uma Olimpíada de verão. Nos últimos cincos Jogos, o presidente do COI era o espanhol Juan Antonio Samaranch, a quem o belga sucedeu em julho de 2001.
Médico e iatista com participação em três Olimpíadas, Rogge era um dos homens de confiança de Samaranch e assumiu o cargo com a bênção de seu antecessor. Mas tem procurado mostrar que possui agenda própria.
Assim, fomenta discussões como a aceitação de transexuais nos Jogos -não conseguirá levá-los a Atenas, mas quer garantir sua participação em Pequim-2008.
Prepara também uma marcha a ré no gigantismo que Samaranch impôs aos Jogos. "Essa tendência já está sendo revertida em muitos aspectos, um dos quais o número de espectadores. Vendemos 9 milhões de ingressos em Sydney e vamos vender 5,5 milhões em Atenas", afirma ele.
Rogge preocupa-se ainda em marcar diferenças pontuais de estilo. Por exemplo: nos Jogos de Inverno de Salt Lake City, em 2002, deixou de lado os hotéis luxuosos -marca da gestão de Samaranch- e instalou-se na Vila Olímpica. Diz que vai fazer o mesmo em Atenas.
Mas, se Samaranch fechou sua gestão em Sydney com uma Olimpíada que primou pela organização, Rogge pegou um cenário bem mais complicado na Grécia.
Os seguidos atrasos do Comitê Organizador já motivaram advertências públicas do COI. Ainda hoje as obras preocupam atletas e dirigentes que visitam Atenas.
Rogge não faz mais promessas. Diz apenas que as coisas parecem ir bem neste momento. "Temos cinco meses para os Jogos. As projeções apontam que estaremos prontos", afirma. (RD)


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