DA REPORTAGEM LOCAL

Há 15 anos e dois dias, o Corinthians vivia na Libertadores situação idêntica à atual: em uma noite de quarta-feira no Pacaembu, o time abria, fora da zona de classificação, o segundo turno da fase de grupos.
O adversário era o Flamengo.
Jogando como zagueiro, Wilson Mano abriu o placar para os cariocas com um gol contra, aos 10min do primeiro tempo. Gaúcho, atacante do time rubro-negro, ampliou aos 35min.
A ira da maioria dos 18.565 pagantes no Pacaembu recaiu então nos jogadores, não no técnico, Nelsinho Baptista.
O ápice da fúria com o time veio no final, em um conflito generalizado com a polícia. Irritados, alguns corintianos invadiram o campo. Outros arremessaram garrafas no gramado -para atingir também o auxiliar Manuel Serapião, que teria, em resposta aos insultos, mostrado à torcida, com os dedos, o placar da partida.
Os portões principais do Pacaembu foram arrancados pelos corintianos e arremessados no campo. A partida foi encerrada aos 37min do segundo tempo pelo árbitro Renato Marsiglia, agredido. O saldo: 15 metros de alambrado e 120 vidros quebrados. Um soldado perdeu um dedo. (TT)


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