São Paulo, domingo, 22 de março de 2009 |
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TOSTÃO Os volantes já eram
NÃO SEI se por ironia, incoerência e/ou desconhecimento técnico, Dunga disse que, para convocar Ramires e/ou Hernanes, não poderia chamar Kaká. Contra a Itália, Kaká estava contundido, e Hernanes e Ramires não foram chamados. Elano e Anderson são também armadores que marcam e atacam. Ramires e Hernanes disputariam posição com os dois, não com Kaká. Como Gilberto Silva atua muito recuado, centralizado e raramente passa do meio-de-campo, Hernanes e Ramires não têm características para fazer essa função. Mas é preciso encontrar um substituto para Gilberto Silva. Por ser mais jovem, ter mais mobilidade e passe mais rápido, Felipe Melo pode se tornar uma boa opção, mas não para atuar ao lado de Gilberto Silva, como fez contra a Itália. Felipe Melo parecia um clone. Dois Gilbertos Silva são demais. Só se justifica a presença de dois volantes muito recuados e marcadores, como Gilberto Silva e Felipe Melo (ou Josué), nos momentos em que o Brasil jogar mais atrás e atrair o adversário para contra-atacar, como fez contra a Itália e em algumas vitórias sobre a Argentina. Na maioria das partidas, o Brasil terá de pressionar e vai precisar de armadores que marquem mais na frente e se transformem em atacantes quando o time recuperar a bola. A palavra volante só serve para confundir técnicos, imprensa e torcedores. É difícil compreender por que Gilberto Silva, Hernanes e Ramires são chamados de volantes, se são tão diferentes. A partir de hoje, seguindo a sugestão de um leitor de Juca Kfouri, contada em sua coluna, não vou mais utilizar a palavra volante. Os jogadores de meio-campo que quase só atuam do meio para trás serão chamados de armadores defensivos; os que atuam quase só do meio para a frente serão armadores ofensivos, e os que atuam de uma área à outra, como Ramires e Hernanes (esses são especiais), serão armadores defensivos e ofensivos. Os brucutus continuam sendo brucutus. Fica mais simples e fácil. Artilheiros Os artilheiros são importantes, há vários jogando bem no Brasil, mas não é preciso exagerar nas avaliações. Qualquer centroavante fazedor de gols, que não sabe dominar a bola e dar um passe ou um drible, é endeusado e muito mais valorizado que os outros. Defendo a tese, que nunca será aprovada, que, se colocarem em um grande time um zagueiro raçudo, alto e de chute forte, de centroavante, ele também será artilheiro, ainda mais nos campeonatos estaduais. Depois de Obina cabecear a bola para seu campo com tanta precisão, quem sabe daria certo se Cuca trocasse Obina e Fábio Luciano de posição? Passado, presente e futuro Hoje, veremos, de um lado, Ronaldo, tentando se reencontrar com a leveza, com a alegria e com os sonhos que tinha aos 17 anos. Só não dá para ter o mesmo corpo. Do outro lado, o franzino Neymar, 17 anos, ainda uma promessa, tentando encontrar o segredo para se tornar um craque como Ronaldo. Passado, presente e futuro juntos. Encontros e reencontros. Todo encontro é um reencontro com algo vivido e/ou imaginado. Texto Anterior: Espanhol: "Inimigo íntimo" visita o Real Madrid hoje Próximo Texto: Ainda sem vaga, Palmeiras derrapa Índice |
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