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entrevista
"Ficar longe dos amigos é a parte chata"
DOS ENVIADOS A SANTOS
Na sala, Neymar, 17, dá
entrevista para um programa de televisão.
Fala sobre sua carreira,
o assédio que tem sofrido e
recebe elogios de ex-jogadores campeões mundiais
(Zito e Rivellino) que participam ao vivo, de São
Paulo, do programa.
No quarto do apartamento, em Santos, a metros da Vila Belmiro, cinco
amigos do jovem santista
-colegas de escola, igreja
e de futebol- dividem as
atenções entre a televisão
e o computador.
Brincam com as respostas de Neymar na TV, navegam pela internet e organizam um torneio de videogame que terá a presença (virtual e real) do
novo xodó dos santistas.
Depois do compromisso
e antes de ir ao treinamento, Neymar posa para a
Folha e fala sobre ser jogador profissional aos 17
anos.
(PC E RV)
FOLHA - Há alguns anos, você
já dá entrevista, tira foto, aparece na TV. Você gosta?
NEYMAR - É verdade. Eu
gosto de ser reconhecido, é
legal ver as pessoas falando de mim.
FOLHA - Mas e esse assédio?
NEYMAR - Na base, tinha
ciumeira. Era chato isso,
atrapalhava. Mas no profissional não tem.
FOLHA - Tem alguma coisa do
futebol que você acha chato?
Concentração, por exemplo?
NEYMAR - Não. Concentração não é chato. É tranquilo.
FOLHA - Não tem nada ruim
em ser jogador de futebol?
NEYMAR - Isso de ficar longe dos amigos. Às vezes
não posso fazer o que ele
vão fazer, estar com eles.
FOLHA - Você fica muito tempo sem falar com eles?
NEYMAR - Na concentração, eu falo com eles por
telefone. Também pela internet a gente conversa.
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